segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Orçamento 2016 de Campinas terá 1ª votação pela Câmara nesta segunda


A sede da Prefeitura Municipal de Campinas (Foto: Carlos Bassan / Prefeitura de Campinas)

O orçamento 2016 da Prefeitura de Campinas (SP) será votado pelos veredores em primeira discussão, nesta segunda-feira (30). O projeto de lei enviado pelo Executivo à Câmara, em setembro, prevê alta real de 1,9%, em comparação ao deste ano, e chega a R$ 5,059 bilhões.

Durante a sessão será avaliada a legalidade do texto, segundo o Legislativo. Os vereadores podem sugerir emendas para alterar as propostas do governo Jonas Donizette (PSB) e três já foram protocoladas até a sexta-feira. Contudo, a Lei Orçamentária válida para este ano manteve somente uma das 80 sugestões apresentadas à época das discussões na Casa, em 2014.

A Secretaria de Recursos Humanos informou que o projeto deste ano subiu 11,4% em relação ao anterior, mas devem ser descontados 9,5% de inflação - por isso, 1,9% de crescimento real.


Administração direta
Em relação ao valor total do orçamento para o próximo ano, R$ 4,19 bilhões devem ser destinados para secretarias e divisões da admininstração direta.

O maior montante, R$ 1,2 bilhão, ficará com a saúde e equivale a um reajuste de 9,9% sobre a lei orçamentária aplicada neste ano.

Com a segunda maior "fatia" das despesas públicas, Educação terá R$ 917,1 milhões no exercício 2016. A alta de 0,4% ficou abaixo da média, e significa que a pasta terá cerca de R$ 3,7 milhões a mais para os trabalhos.

A maior variação, de 45,7%, foi verificada para a Secretaria de Infraestrutura. Neste caso, o montante disponível para a pasta responsável por planejar e implementar política de novas obras na cidade (incluindo pavimentação de áreas não contempladas) deve chegar a R$ 233 milhões.

Dívida
O valor previsto no orçamento 2016 para o pagamento de precatórios aumentou 48%, quando comparado ao deste ano. De acordo com a Prefeitura, o salto de R$ 48,7 milhões para R$ 72,5 milhões é consequência de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que estipulou prazo até 2020 para as dívidas já reconhecidas pela Justiça serem quitadas com os cidadãos.
Até outubro, a dívida de Campinas com precatórios era de R$ 398,2 milhões, divididos entre R$ 333,1 milhões do Executivo e R$ 65 milhões do Legislativo. A Secretaria de Finanças informou que o orçamento foi elaborado com a previsão de alta por causa dos precatórios. Para o próximo ano, a Câmara terá plano financeiro estimado em R$ 120 milhões - reajuste de 5,2%.

Cortes e plano de contingência
Entre as secretarias que terão orçamentos reduzidos para o próximo ano estão a do Verde e Desenvolvimento Sustentável (- 19,2%), Cultura (-14,6%) e Comunicação (- 10,7%). Além disso, haverá corte de verba para o Gabinete do prefeito - irá de R$ 58 milhões para R$ 55,7 milhões.

Diante da crise econômica nacional, a cidade também terá uma reserva de R$ 44 milhões como reserva de contingência. À época em que o projeto foi levado à Câmara, Donizette mencionou que ela deve ser em algum "caso de emergência ou dificuldade no pagamento da folha".

Administração indireta
O orçamento reservado para as divisões e setores da administração indireta, em Campinas, corresponde a R$ 771,2 milhões. Para o Hospital Mário Gatti, um dos principais no atendimento pelo SUS, a Prefeitura planeja reservar R$ 50,6 milhões, alta de 7,5% sobre o valor de 2015. 

Fonte: G1 Campinas e Região


Divisão de recursos
LOA 2015
atualizada
Projeto LOA 2016
Variação
Câmara Municipal
R$ 114 milhões
R$ 120 milhões
 5,2%
Gabinete do Prefeito
R$ 58 milhões
R$ 55,7 milhões
- 4%
Secretaria de Administração
R$ 31,5 milhões
R$ 34,1 milhões
8,2%
Secretaria de Assuntos Jurídicos
R$ 35,5 milhões
R$ 41,2 milhões
16%
Secretaria de Finanças
R$ 73,4 milhões
R$ 87,8 milhões
19,4%
Secretaria de Recursos Humanos
R$ 83,3 milhões
R$ 88,1 milhões
5,8%
Secretaria de Educação
R$ 913,4 milhões
R$ 917,1 milhões
0,4%
Secretaria de Saúde
R$ 1,1 bilhão
R$ 1,2 bilhão
9,9%
Secretaria de Assistência Social
R$ 153,7 milhões
R$ 177 milhões
15,1%
Secretaria de Urbanismo
R$ 17,4 milhões
R$ 21,8 milhões
25,1%
Secretaria de Cultura
R$ 112,8 milhões
R$ 96,3 milhões
- 14,6%
Secretaria de Transportes
R$ 104 milhões
R$ 114,9 milhões
10,4%
Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento
R$ 24,7 milhões
R$ 22,4 milhões
- 9,2%
Secretaria de Habitação
R$ 41,8 milhões
R$ 48,1 milhões
15,2%
Secretaria de Segurança Pública
R$ 70,3 milhões
R$ 75,9 milhões
7,9%
Encargos Gerais do Município
R$ 184,4 milhões
R$ 256,4 milhões
39%
Secretaria de Infraestrutura
R$ 159,8 milhões
R$ 233 milhões
45,7%
Gabinete - Ouvidoria Geral
R$ 2,2 milhões
R$ 2,3 milhões
5,6%
Secretaria de Esportes e Lazer
R$ 34,7 milhões
R$ 36,3 milhões
4,8%
Secretaria do Verde e Desenvolvimento Sustentável
R$ 23,8 milhões
R$ 19,2 milhões
- 19,2%
Secretaria de Trabalho e Renda
R$ 13,1 milhões
R$ 13,8 milhões
5,4%
Secretaria de Serviços Públicos
R$ 446,2 milhões
R$ 450,9 milhões
1,0%
Secretaria de Desenvolvimento Econômico
R$ 17,2 milhões
R$ 15,6 milhões
- 9,2%
Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência
R$ 3,5 milhões
R$ 3,9 milhões
10,6%
Secretaria de Gestão e Controle
R$ 3,9 milhões
R$ 4,2 milhões
7,0%
Secretaria de Comunicação
R$ 30,2 milhões
R$ 26,9 milhões
- 10,7%
Total da Administração Direta
R$ 3,8 bilhões
R$ 4,1 biilhões
8,3%
Hospital Municipal Dr. Mário Gatti
R$ 47,1 milhões
R$ 50,6 milhões
7,5%
Serviços Técnicos Gerais - Setec
R$ 44,5 milhões
R$ 47 milhões
5,6%
Instituto de Previdência Social - Camprev
R$ 620 milhões
R$ 705,4 milhões
13,7%
Fundação Municipal para Educação - Fumec
R$ 54.442.280
R$ 54.472.000
0,05%
Fundação José Pedro de Oliveira
R$ 5.181.828
R$ 5.159.800
- 0,4%
Total da Administração Indireta
R$ 771,2 milhões
R$ 862,7 milhões
11,8%
Total Geral Orçamento 2016
R$ 4,6 bilhões
R$ 5 bilhões
8,9%