terça-feira, 3 de novembro de 2015

Emdec vê prioridade na troca de 520 de pontos de ônibus em Campinas



Secretário vê urgência na troca de 10% dos pontos de ônibus, em Campinas (Foto: Luciano Calafiori / G1 Campinas)
Secretário vê urgência na troca de 10% dos pontos de ônibus, em Campinas (Foto: Luciano Calafiori / G1)

Pelo menos 520 pontos de ônibus de Campinas (SP) devem ser trocados de forma prioritária quando o processo de terceirização for concluído, de acordo com avaliação do secretário de Transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro. O número equivale a 10% do total de 5,2 mil abrigos instalados na cidade e que, segundo ele, devem ser substituídos em três anos.

"Há uma série de locais que precisam de requalificação e os mais urgentes são em torno de 10%. Há diversos casos, mas são pontos em que às vezes a pintura está antiga e é preciso modernizar. Estamos evitando investir nisso agora porque vamos fazer o processo", explicou.

O presidente da Emdec preferiu não citar prazo específico para as trocas dos pontos essenciais, mas citou que ela deve ocorrer em "tempo relativamente curto", e pontuou que elas estão espalhadas pela cidade. A expectativa dele é de que a administração municipal consiga poupar R$ 5 milhões em 12 meses, ao transferir gastos de manutenção à iniciativa privada.

"A empresa deverá obedecer a indicadores de qualidade que nós vamos definir no acordo", ressaltou Barreiro ao explicar que o controle dos equipamentos permanecerá com a Emdec. Uma audiência pública sobre o assunto será realizada pela Câmara de Vereadores, na manhã desta terça-feira (3).

Poluição urbana
De acordo com o secretário de Transportes, os equipamentos serão divididos em três grupos na requalificação - abrigos grandes (maior circulação de passageiros e presença de linhas); médios (há menor número de passageiros e linhas); e pontos para desembarque, que serão trocados por totens.

No projeto de lei complementar enviado ao Legislativo, o Executivo pontua que na cidade há 12 modelos arquitetônicos de pontos de ônibus, e sete diferentes marcos indicativos de parada. Uma das propostas é para que a empresa vencedora da concorrência pública faça padronização e, com isso, reduza a poluição da paisagem urbana e facilite a identificação pelos usuários.

"A atual inexistência de padrões construtivos, bem como a idade avançadas de muitos desses mobiliários urbanos, faz com que ainda sejam empregados materiais obsoletos e que podem afetar a segurança aos usuários", diz texto do prefeito Jonas Donizette (PSB). Ele sustenta que terceirização é uma alternativa diante da necessidade de investimentos e escassez de recursos.

Arrecadação indefinida
Segundo Barreiro, a abertura do processo licitatório ainda será precedida por uma audiência na Emdec, além das votações do projeto de lei pelos vereadores. Entre as incógnitas sobre o tema está o valor que o município deve conseguir arrecadar com o processo, uma vez que terá direito à parte do que for recebido pela contratada - por meio da exploração publicitária dos pontos de ônibus.

"Estamos fechando os números. Há uma outorga inicial e o município recebe parte da receita", explicou. Pelo projeto, a companhia selecionada arcará com gastos para a implantação, reposição, conservação e limpeza dos indicativos de parada de ônibus. A concessão inicial pode ser de até 20 anos, e permite única prorrogação por dez anos.

Zona azul e flanelinhas
O presidente da Emdec disse ao G1 que a escolha da empresa a ser responsável pelo serviço de estacionamento rotativo em Campinas deve ocorrer em 60 dias, após aprovação do projeto pelos vereadores. O texto passou por audiência pública e já foi aprovado em primeira discussão.

"Acabamos retirando a licitação anterior porque a sutentação foi feita com base em uma lei que não passou por audiência pública; Agora há um projeto para que ela seja substituída", explicou Barreiro. Pelo projeto, o número de vagas deve subir de 1,9 mil para 8 mil, e a ampliação deve ocorrer sobretudo nas áreas do Centro e dos distritos de Barão Geraldo e Sousas.

Ao mencionar que também não há estimativa de quanto o município deve receber com o processo, Barreiro explicou que a arrecadação mensal gira em torno de R$ 150 mil e admitiu que o município tem dificuldades na fiscalização. Questionado sobre os flanelinhas, ele pontuou que estuda sugerir à contratada medidas para gerar vagas de trabalho.

"Ainda não decidimos o que fazer, estamos preocupados com assunto e vamos buscar uma solução. Vamos colocar para o concessionário fazer uma ação de reaproveitamento desse pessoal, ele terá necessidades de pessoas para ajudá-lo durante o processo", explicou.

O secretário de Transportes, porém, resumiu que desconhece quantos flanelinhas trabalham na cidade e que consequentemente poderiam receber oportunidades da empresa. "Não sabemos, porque não fiscalizamos isso. É uma obrigação da polícia", falou o presidente da Emdec.

Fonte: G1 Campinas e Região

Ato reúne funcionários da Replan no terceiro dia de greve dos petroleiros

Funcionários da Replan participam de ato em Paulínia pela greve dos petroleiros (Foto: Sindipetro Unificado)
Funcionários da Replan participam de ato em Paulínia pela greve dos petroleiros (Foto: Sindipetro Unificado)
Cerca de 100 trabalhadores da refinaria da Petrobras em Paulínia (SP), a Replan, participaram de um ato pacífico na manhã desta terça-feira (3) na unidade, segundo o Sindicato Unificado dos Petroleiros de SP (Sindipetro Unificado). A greve nacional da categoria começou no domingo (1º) e completa três dias. Nesta segunda (2), funcionários foram liberados após 31 horas sem troca de turno. Alguns ônibus já chegaram vazios na Replan nesta terça.

Segundo o sindicato, o ato começou por volta das 8h para conscientizar principalmente os funcionários do setor administrativo, que voltariam ao trabalho nesta terça, pós feriado. Apenas um grupo de trabalhadores decidiu que entraria para trabalhar e uma negociação foi feita durante a manhã entre o sindicato e a gerência da refinaria.

Os funcionários entrariam somente se sindicalistas também fossem autorizados a acompanhar e, assim, poderiam fazer uma avaliação da situação interna, em cada setor da refinaria. Até as 11h desta terça o resultado da negociação não havia sido divulgado.

Viaturas da Polícia Militar foram deslocadas para o local por conta da movimentação, que ocorreu de forma tranquila, segundo a corporação.

Crítica à contingência
Nesta segunda-feira (2), após 31 horas, cerca de 70 trabalhadores que entraram no turno das 7h de domingo foram liberados. No lugar deles, uma equipe de contingência definida pela Replan assumiu os trabalhos, mas o número de profissionais não seria suficiente, segundo o sindicato.

O grupo é formado por supervisores, gerentes, engenheiros e trabalhadores do setor de manutenção. A preocupação do sindicato é que esses profissionais não fazem parte do dia a dia operacional e que a decisão representa um risco. A entidade  informou que tentou negociar, sem sucesso, que o próprio sindicato definisse uma equipe com mais experiência para fazer a troca de turno.

Greve por tempo indeterminado
A Replan entrou em greve neste domingo (1º) e o movimento faz parte da greve nacional dos petroleiros, que é por tempo indeterminado.
Os profissionais são contra a privatização na Petrobras, pedem a manutenção dos empregos e a garantia de condições seguras no trabalho.
Por nota enviada nesta segunda (2), a Petrobras informou que está "avaliando os impactos das mobilizações dos sindicatos. As equipes de contingência da empresa foram acionadas e estão operando as unidades".

A companhia também ressaltou que está tomando as medidas necessárias para manter a produção e o abastecimento do mercado, garantindo a segurança dos trabalhadores e das instalações.

Replan, em Paulínia, aderiu à greve nacional dos petroleiros (Foto: Sindipetro Unificado)
Replan, em Paulínia, aderiu à greve nacional dos petroleiros (Foto: Sindipetro Unificado)
Fonte: G1 Campinas e Região