sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Basta de Chacinas e Execuções Sumárias

Passados 41 dias da chacina que vitimou 19 pessoas na cidade de Osasco e Barueri, na Grande São Paulo o (MNDH-SP) Movimento Nacional de Direitos Humanos (São Paulo) realizará no dia 22 de setembro, uma mobilização popular para enfrentar as chacinas.

A reunião referente ao chamado do MNDH à luta contra a letalidade policial e pela federalização das investigações acontecerá no auditório da CONDEPE - Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, situado à Rua Antonio Godói, nr° 122, 11° andar, a partir das 18h.

O Conselho Municipal de Direitos Humanos e Cidadania estarão presentes representando a cidade de Campinas na luta contra o constante crescimento da violência e a impunidade de seus autores.

Seja um cidadão participativo e diga não a violência e a opressão, faça parte desta luta que também é sua, sozinhos somos somente mais uma voz entre muitas outras, juntos realmente seremos ouvidos.






XVI Festival do Instituto de Artes da Unicamp

  Inicia-se neste final de semana mais precisamente no dia 19 e se estenderá até o dia 27 do corrente mês, o XVI Festival do Instituto de Artes da Unicamp. Com várias atrações para os amantes de tudo o que é bom e agrega valor, o FEIA como é chamado carinhosamente por seus idealizadores faz parte do anuário cultural de Campinas desde o início do milênio.

  Eventos como exibições de vídeos e filmes, danças, palestras, oficinas, teatros, apresentações de músicas que farão parte desta edição do festival acontecerão em diversos locais e horários, sendo sua entrada totalmente gratuita para o público que quiser participar.


   Toda a programação contendo horários e locais, estão disponíveis no http://www.feia.art.br/.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

MIA - Movimento Insurgente Anarquista



O BRASIL é reconhecido mundialmente pelas suas belezas naturais, bom futebol, imensidão de sua floresta amazônica e também pela excelente receptividade do povo brasileiro com todos aqueles que aqui desembarcam. Talvez seja por esse motivo que sejamos considerados pacíficos.  Às vezes pacíficos até de mais.

 Com as atuais dificuldades pelas quais o país está passando, seja na esfera política, econômica ou mesmo social, associada à crise moral e ética que se arrasta por décadas e porque não dizer séculos, seria difícil acreditar que o povo brasileiro não as encarasse de forma tranquila e paciente, sem esboçar nenhum tipo de manifestação violenta. Porém, da mesma forma que existe no mundo inteiro, extremistas radicais que fazem de sua ideologia um motivo para dizer que os fins justificam os meios, no BRASIL talvez eles também existam. 

No último dia 13 de setembro, domingo, um grupo extremista que se auto intitula “Movimento Insurgente Anarquista – MIA” assumiu a autoria de um atentado contra uma agência bancaria do banco Itaú na cidade de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, que fica a menos de 100 Km do maior centro econômico do país e uma das maiores cidades do mundo, São Paulo.

Talvez isto acenda uma luz amarela para as autoridades que acompanham este tipo de acontecimento, talvez chame a atenção dos políticos, que no alto de seu pedestal parecem estar alheios e não acreditam que esse tipo violento de reivindicação possa acontecer em seu mundinho de faz de conta, e talvez, ainda, nada aconteça. Uma coisa é certa, o povo brasileiro está ficando cansado de tanta passividade.  


Manifesto do – MIA (MOVIMENTO INSURGENTE ANARQUISTA) extraído da internet (http://pastebin.com/HG843dSG) 

imagem do panfleto divulgado pelo grupo



"Nós temos essa fantasia que os nossos interesses e os interesses dos super-ricos são os mesmos - como se, de alguma maneira, os ricos eventualmente ficarão tão cheios que explodirão, e os doces choverão para o resto de nós. Como se eles fossem um tipo de piñata de benevolência. Mas eis a verdade sobre as piñatas: Elas não se quebram sozinhas. Você tem que bater nelas com um bastão."

O recente ataque à uma agência bancária do Bradesco ressaltou certa dúvida na mídia corporativa joseense. De fato, a bomba alocada no terceiro caixa não explodiu. A intenção, de longe, como noticiado em certos veículos, era a apoderação do vosso podre dinheiro. Afinal, uma bomba de 5 litros de gasolina, com óleo e aditivos, jamais explodiria um caixa eletrônico.

Nossa intenção era queimar um dos inúmeros templos do Capital que hoje se erguem como tentáculos em toda esquina.

Na noite do dia 13 de Setembro, incendiamos novamente uma agência bancária. Desta vez, Itaú. Banco que apenas no segundo trimestre de 2015 obteve um lucro pornográfico de R$ 5,9 bilhões.

Ao que parece, lucrar em cima de juros e especulação do trabalho alheio, é a única coisa que de fato continua a mover a já enferrujada engrenagem da superestrutura capitalista. Insanidade de nossos tempos onde a crise recai sobre os mais fracos, enquanto os de cima festejam às nossas custas. Ao ataque em cima das classes baixas, chamam de "ajuste". Ao ataque às classes altas, chamam de "terrorismo".

Como se não bastasse a gerência fantoche de Dilma Rousseff atacar os trabalhadores com duras medidas de austeridade, desinvestimento e cortes em programas sociais, ainda temos de engolir um congresso lotado de ratos e vermes - parasitas de todas as estirpes - enchendo o bucho de dinheiro provindo do lobby de corporações, empresas, bancos e do agronegócio. Engravatados agindo em prol de interesses excusos aos anseios do povo. À isto, costumam chamar de "democracia".

A democracia representativa - capitalizada e financeirizada até a raíz - nada mais é do que a analogia de um jantar canibal: a cada 4 anos, votamos para escolher com qual molho seremos comidos vivos.

Ao governo pelego, cínico e traidor de Dilma Rousseff, ressaltamos: Não há golpe a caminho. Sua gerência beneficia justamente os setores que depuseram Jango e Getúlio no século passado. Não há o que temer, visto que os setores golpistas de outrora agora estão muito bem saciados, ainda mais protegidos sob o manto de um "governo social". Não há sequer uma democracia a ser defendida. O regime político das quebradas, periferias e favelas do Brasil sempre foi o militar; a ditadura. Não queremos escolher o molho. Queremos sair do forno e decapitar o cozinheiro.

O Estado, ao visualizar o futuro colapso do sistema capitalista não tão distante, inicia sua jogada, como em um tabuleiro de xadrez, colocando os cavalos e peões a protegerem o Rei. Do Brasil à Espanha - passando pela Itália, Irlanda, Portugal ou Grécia - o que se vê é o desespero das classes dominantes a posicionar o aparato de repressão mais uma vez em posição de ataque contra a juventude e os trabalhadores.

A lei antiterrorismo que hoje é pautada em congresso, não está muito longe do que a alguns anos atrás costumavam chamar de censura. Em nome da "segurança", mais uma vez atiram na liberdade. É mais uma tentativa de calar aqueles que não aceitam o jugo de ferro da austeridade, resultante da festa inacabável dos de cima. Se somos terroristas por queimarmos uma agência bancária? Sim, somos. Porém não mais terroristas que aqueles, sob ordem direta do Estado, chacinam negros e pobres na periferia. Não mais terroristas que aqueles que batem em professores ou grevistas. Não mais terroristas que aqueles que vendem gás lacrimogêneo, mísseis ou armas para o cruel regime sionista de Israel. O verdadeiro terror é imposto de cima para baixo, a partir daqueles que de fato possuem instrumento e dinheiro para aplicar o terror como método de dominação social e financeira.

Queimar uma agência bancária, meus camaradas, nada mais do que é a reação direta de décadas daquilo que vocês costumam chamar de "paz social", à qual nós preferimos denominar "silêncio dos oprimidos".
É evidente que isso teria hora para acabar.

Continuaremos a incendiar e sabotar tudo aquilo que represente o sustentáculo da vossa fortaleza, erguida sob sangue e suor alheio. De bancos à palácios de Reis; das Corporações às casas de Senadores, Prefeitos ou Presidentes.

Porém, ressaltamos que a ideia de destruir a superestrutura e colocar em seu lugar uma nova ordem social baseada na igualdade e liberdade, a partir da simples queima de agências bancárias, não é algo factível. Temos ciência de que tais ações constituem apenas um clamor, um grito de desespero às massas dormentes que tentam olhar para cima com o sonho de um dia se tornarem chefes ou patrões, enquanto a realidade é que embaixo, seus pés estarão sempre amarrados em correntes de ferro.

Há uma célebre frase de Henry Ford, um dos patronos do atual sistema capitalista, que declama: "É satisfatório que as pessoas não entendam o sistema bancário ou monetário, pois do contrário, creio que haveria uma revolução amanhã de manhã."

Iniciaremos nossa jornada de ataques às corporações e bancos, causando o máximo de dano com o mínimo de risco. O alvo da revolução e do caos edificante não é o trabalhador ou a senhora que limpa o chão do burguês por algumas migalhas, mas sim contra o sistema que permite a existência deste tipo de relação desigual.

Alguns podem argumentar que, ao incendiar um banco, estamos ao mesmo tempo causando dano aos de cima e aos de baixo, ao privar os segundos de acesso à processos rotineiros que exigem uma agência bancária. À estes, apresentamos a História e sua cruel verdade: mudanças estruturais exigem sacrifício.
Aos que se inspirarem em nossas ações, conclamamos que se organizem regionalmente e iniciem suas ações. Duas pessoas e alguns litros de gasolina podem impor à ordem social um caos que mil ou cem mil pessoas pacíficas e obedientes jamais o fariam.

Organizem-se em células autônomas do MIA ou qualquer outra insurgência revolucionária. Façam do fogo e da pólvora o vosso grito de guerra.

Ademais, não dêem ouvidos aos âncoras de mídias subservientes ao imperialismo - todos filhos de alma daqueles que um dia chacinaram indígenas em solo brasileiro. Acumuladores de ouro e capital, indiretos genocidas que matam a pauladas o supremo elo de humanidade que ainda nos resta: a Verdade.

A mídia sempre atacará aos subversivos com todo o seu arsenal midiático. Basta folhear alguns jornais ou assistir à alguns minutos de qualquer canal de televisão para observar que seus patrocinadores logo explicam a coqueluche raivosa de certos âncoras. Quase como cães de guarda, fazem o possível para manter intocada a imagem de Bancos, Empresas ou até nações, que continuam a financiar os meios de comunicação no Brasil, em um tipo de relação que muito lembra o feudalismo.

Clamamos: Não confiais em Reis, Pastores, Mídias ou Banqueiros. Toda a autoridade representa um entre centenas de pilares que sustentam nossa miséria.

O ataque de hoje dá início ao longo ciclo de uma futura guerrilha urbana, prolongada e anarquista, que se inicia no Brasil como fogo de palha.

A única verdade e o único Deus reside em ti e em tudo que de vivo há em nosso redor.

A riqueza, a burguesia e o Estado são apenas tigres de papel.

Não mais guerras entre povos para enriquecer vermes em bunkers de outro continente!

Não mais suor para encher o bolso de parasitas! Faremos das bombas e sabotagens nossa única voz perante as injustiças!

                   - MOVIMENTO INSURGENTE ANARQUISTA
                              13 de Setembro de 2015

Grupo anarquista coloca fogo em agência bancária de São José dos Campos


Adriano Pereira/Meon

Um grupo intitulado MIA (Movimento Insurgente Anarquista) está reivindicando a autoria de um incêndio que ocorreu na noite deste domingo (13), em São José dos Campos. Por volta das 21h, uma agência bancária do Itaú, localizada na Av. Nelson D’Avila, foi alvo de um ataque na área dos caixas eletrônicos.

Às 22h39, a redação do Meon recebeu com exclusividade uma mensagem do grupo falando sobre o ataque. “Somos o MIA (Movimento Insurgente Anarquista) de São José dos Campos. Acabamos de incendiar uma agência bancária do Itaú entre o Habibs e o EXTRA do centro, próximo ao shopping center vale (sic). Caso algum repórter esteja por perto, o fogo ainda persiste. A segunda foto anexada é de nosso panfleto, que foi jogado na parte externa da agência”.

A reportagem do Meon não foi autorizada a entrar na área atingida, entretanto, o Corpo de Bombeiros foi acionado e três viaturas atenderam a ocorrência, assim como a Polícia Militar. Funcionários do banco que estavam no local quando nossa reportagem chegou não quiseram dar entrevistas, mas afirmaram que houve mesmo um ataque e que não sabiam do teor das mensagens e nem tinham conhecimento do grupo. A Polícia Militar também não confirmou a informação.
Entretanto, junto com a mensagem enviada ao Meon, o grupo enviou um link (http://pastebin.com/HG843dSG) no qual um texto manifesto explica as razões do ataque e ainda afirma que já haviam causado um incêndio em outra agência, desta vez do Bradesco, mas não informa quando, nem onde.
Um dos trechos do manifesto diz: “O recente ataque à uma agência bancária do Bradesco ressaltou certa dúvida na mídia corporativa joseense. De fato, a bomba alocada no terceiro caixa não explodiu. A intenção, de longe, como noticiado em certos veículos, era a apoderação do vosso podre dinheiro. Afinal, uma bomba de 5 litros de gasolina, com óleo e aditivos, jamais explodiria um caixa eletrônico”.
A Polícia Civil informou que a equipe de perícia deve ir ao local nesta segunda-feira (14) pela manhã para iniciar as investigações. O grupo ainda enviou uma foto na qual dois supostos integrantes do grupo aparecem ao lado de uma bandeira que representa o MIA.
Divulgação/ Corpo de Bombeiros

Divulgação/ Corpo de Bombeiros
Fonte: Jornal Metropole OnLine/Vale do Paraíba

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A cada fuzil apreendido com criminosos no Rio, outros dois são vendidos

RIO — Durante pelo menos dois dias da semana passada, moradores das comunidades Nova Holanda e Parque Maré, no Complexo da Maré, viveram horas de terror, por causa de intensos tiroteios entre o Bope e traficantes, municiados por um arsenal que parecia não ter fim. Confrontos como esses parecem estar longe de acabar. Para cada fuzil que a polícia consegue tirar das mãos dos criminosos no Rio, outros dois são vendidos a eles, segundo estimativas de autoridades e especialistas em contrabando de armas no país.

Com 18 mil quilômetros de extensão, a faixa de fronteira do Brasil abrange dez países e 11 estados. Além disso, são 588 municípios, dos quais 120 ficam nas divisas. No entanto, estima-se que 80% de todo o contrabando de armas, drogas, produtos agrícolas proibidos e artigos piratas, entre outros, entrem diariamente no país por apenas três estados e seis cidades, onde, em tese, existe fiscalização.
O Plano Estratégico de Fronteiras, instituído pela presidente Dilma Rousseff através do decreto 7.492, de 8 de junho de 2011, parece não estar surtindo efeito, considerando-se o aumento da violência no Rio e em São Paulo, dois estados da federação que estão entre os maiores consumidores de armas de guerra na América do Sul. Em território fluminense, as estatísticas revelam um aumento médio de 70% nas apreensões de fuzis e granadas, em comparação com o ano passado. Segundo o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, diariamente a polícia retira um fuzil e duas granadas das mãos de criminosos no estado.

GOVERNO INVESTIU R$ 285 MILHÕES
Reunindo os ministérios da Justiça (por meio da Operação Sentinela) e da Defesa (Operação Ágata), o plano do governo federal, anunciado durante a campanha pela reeleição da presidente, já recebeu um total de R$ 285 milhões em investimentos. A situação nas fronteiras, no entanto, ainda está longe de ser controlada.

A ONG Natureza Verde, que tem apoio da iniciativa privada, incluindo entidades como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), fez um levantamento minucioso em toda a faixa de fronteira do país. Cruzou dados dos serviços de inteligência do Exército, da Polícia Federal e das secretarias de Segurança dos estados de Mato Grosso do Sul e Paraná. Tudo com o objetivo de elaborar um projeto de parceria público-privada (PPP) para a implantação de postos de fiscalização nos principais acessos ao país.
Segundo o presidente da ONG, o advogado Fernando Humberto Fernandes, que é especialista em armas, a iniciativa privada bancaria inteiramente a estrutura física e os equipamentos dos postos. Já a Receita Federal e as polícias Federal, Militar e Civil atuariam na fiscalização.

— Uma das preocupações da ONG é com a entrada no país de produtos agrícolas chineses que são proibidos. A indústria de fumo brasileira também perde dinheiro, por conta das 65 fábricas de cigarros que existem na fronteira do Paraguai. Só a Souza Cruz estima uma perda de R$ 100 milhões por mês — diz Fernando. — Os postos de fiscalização, totalmente bancados pela iniciativa privada, teriam equipamentos de raios X, entre outros aparelhos. Também haveria câmeras de monitoramento, que permitiriam às superintendências de polícias acompanharem o trabalho de seus agentes. Com isso, se evitaria a corrupção, que é outro problema nessas fronteiras. Estamos buscando o apoio dos governadores para o projeto.

MAIS FUZIS NO MERCADO NEGRO
Segundo ele, Rio de Janeiro e São Paulo são os estados que mais sofrem com o contrabando de armas e drogas. E o problema pode aumentar, com o acordo que deverá ser fechado entre os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo colombiano.

— Com desarmamento da guerrilha, estamos prevendo mais 15 mil fuzis no mercado negro — disse o presidente da ONG.

Em nota, a Febraban informou que apoia o projeto, devido aos constantes assaltos a bancos em todo o país. A entidade informa que ocorreram, em 2014, 395 casos no Brasil. Em 2000, o total registrado foi de 1.903. A instituição chama a atenção ainda para os prejuízos decorrentes dos ataques a caixas eletrônicos. Diz que colabora com a polícia, a fim de auxiliar na prevenção dos crimes e na identificação e prisão dos ladrões, fornecendo, por exemplo, imagens de câmeras de segurança. Segundo a Febraban, é preciso, no entanto, mudar a lei, porque os arrombamentos de caixas eletrônicos são registrados como furtos qualificados, o que seria insuficiente para inibir a ação dos criminosos.

Ainda de acordo com a entidade, anualmente os bancos investem em segurança cerca de R$ 9 bilhões. Os gastos têm crescido. Em relação ao ano 2000, por exemplo, quando foram aplicados R$ 3 bilhões, já houve um aumento de 200%.

Fonte: O Globo/RIO DE JANEIRO-RJ