sexta-feira, 18 de julho de 2014

Transerp testa aplicativo que informa tempo para chegada dos ônibus


Tecnologia está prevista em Termo de Ajuste de Conduta assinado em abril.
Para usuários, medida é bem-vinda, mas não resolve problemas de atrasos.

 
A Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (SP) - Transerp - está testando um aplicativo que informa aos usuários do transporte coletivo quanto tempo falta para os ônibus chegarem aos pontos. A tecnologia é desenvolvida em parceria com o Consórcio Pró-Urbano, que detém a concessão do serviço na cidade, e faz parte de uma lista de exigências do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público Estadual em abril deste ano.

A data prevista para que o aplicativo comece a funcionar é 6 de agosto. Ele poderá ser baixado em celulares ou tablets e irá operar apenas em aparelhos que tenham acesso à internet. Os ônibus serão rastreados por um sistema de GPS, que localiza os que estão mais próximos e estima o tempo de chegada ao local onde está o usuário.

Por toda a cidade, não é difícil encontrar quem aprove a nova tecnologia, mas os elogios vêm quase sempre acompanhados por críticas em relação aos atrasos nos horários das linhas. A cozinheira Marilene Aparecida Campos Duarte diz que precisa sair mais cedo de casa para não chegar atrasada ao local de trabalho. “Para mim, a demora dos ônibus é falta de organização. Se tivesse uma placa explicando os horários, seria ideal”. A secretária Paola Martins também reclama. “Ia ajudar muito se tivesse uma maneira de saber os horários, porque a gente sempre ouve que os ônibus cumprem, mas eles sempre atrasam”.

Para o superintendente da Transerp, William Latuf, a medida representa um avanço para o transporte coletivo na cidade. “É mais uma funcionalidade que nós estamos disponibilizando aos usuários”. Questionado se o aplicativo irá resolver os problemas de atrasos, ele reconhece que não, mas diz que a tecnologia precisa ser valorizada, já que será uma ferramenta para orientação dos usuários. “Os atrasos serão minimizados a partir do momento em que Ribeirão tiver os corredores preferenciais ou exclusivos para ônibus, que darão maior velocidade operacional”.

Aplicativo informa linhas que passam pelo ponto onde está o usuário (Foto: Maurício Glauco/ EPTV)
Aplicativo informa linhas que passam pelo ponto onde está o usuário (Foto: Maurício Glauco/ EPTV)
Terminais
Ainda segundo Latuf, a previsão é que os terminais urbanos tenham também painéis informativos com os horários das linhas. “Com certeza, teremos painéis com mensagens variáveis, com informação das linhas e dos horários. Estamos aguardando com muita ansiedade o primeiro grande terminal, que vai ser o da Avenida Jerônimo Gonçalves”.

O terminal a que o superintendente se refere deverá estar pronto até janeiro de 2015. Terá nove plataformas e capacidade para 40 veículos, em uma área de 11,5 mil metros quadrados. Setenta linhas devem operar no local, segundo a prefeitura, atendendo a 60 mil usuários. O projeto inclui instalações como sanitários, sala de espera climatizada, sala de controle operacional, lanchonete e sala de emissão e recarga de cartões eletrônicos.

Além desse, a cidade irá receber outros dois terminais, na Praça das Bandeiras. A obra custará R$ 1,2 milhão e a data da entrega também foi estipulada para janeiro, prazo previsto no TAC assinado com a promotoria.

O termo, que data do dia 23 de abril, estabelece, ainda, outras intervenções, como implantação de solução de biometria no sistema de bilhetagem eletrônica, disponibilização de 98 agentes de cobrança nos pontos de embarque e desembarque com maior concentração de passageiros, criação de uma central de relacionamento com o cidadão, desenvolvimento do projeto piloto do corredor estrutural e controle do tempo de uso dos veículos em circulação.

Passageiros aguardam chegada de ônibus em ponto: reclamação de atrasos (Foto: Maurício Glauco/ EPTV)
Passageiros aguardam chegada de ônibus em ponto: reclamação de atrasos (Foto: Maurício Glauco/ EPTV)

Fonte: G1 Ribeirão e Franca

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Com pilotos de 32 países, Rio Claro recebe mundial de balonismo

Dos 103 pilotos, sete são brasileiros. Entre os dias 20 e 26 acontecem as competições que valem título. Evento termina no dia 27 de julho.

Rio Claro será sede, a partir desta quinta-feira, da 21ª edição do Campeonato Mundial de Balonismo. No primeiro dia do evento, está prevista a chegada das equipes e dos 103 pilotos, de 32 países, que disputarão o título. A partir da sexta-feira ocorrem os primeiros voos treinos e a abertura oficial do evento, a partir das 20h.

No sábado, dia 19, além da continuação dos voos treinos, a partir das 15h acontece o briefing geral da competição, com a participação de todos os pilotos, equipe técnica da Confederação Brasileira de Balonismo (CBB) e do diretor técnico do mundial, o holandês Mathijs de Bruijn.

Os voos competitivos serão realizados entre os dias 20 e 26 em dois horários: pela manhã às 8h e no período da tarde a partir das 16h. No último dia de provas, dia 26, os voos competitivos ocorrem somente pela manhã. No mesmo dia, ocorre a cerimônia de premiação, às 20h. No domingo, a partir das 8h, as equipes fazem um “voo Fiesta”, que marcará o encerramento oficial do evento.

Entre os 103 pilotos confirmados no Mundial, sete são brasileiros: Amarildo Tozzi, Fábio Passos, Luis Silvestre, Lupércio Lima, Marcos da Silva, Markus Kalousdian e Rubens Kalousdian. 
Campeonato de Balonismo em Rio Claro (Foto: Divulgação)
Mundial de Balonismo começa nesta quinta-feira em Rio Claro (Foto: Divulgação)
 Confira a programação do Mundial de Balonismo:

17 de julho
Chegada dos pilotos.

18 de julho
Voos treinos durante todo o dia e abertura oficial a partir das 20h.

19 de julho
Voos treinos durante todo o dia e briefing geral a partir das 15h.

20 a 25 de julho
Voos competitivos às 8h e às 16h.

26 de julho
Último dia de competições e cerimônia de premiação a partir das 20h.

27 de julho
Voos livres e encerramento oficial.


Fonte: GloboEsporte.com Rio Claro, SP

'Vou à padaria com colete à prova de bala', diz PM ameaçado em Piracicaba

Militar pediu para não ser identificado e relatou medo de sofrer atentado.
Assassinato de policial em junho acirrou o clima de tensão no município.

 

A morte de um sargento em Piracicaba (SP) em atentado na porta de um restaurante em 14 de junho, desencadeou uma série de ameaças a PMs, o que acirrou clima de tensão entre policiais e criminosos no município. Um policial militar que pediu para não ser identificado afirmou que a preocupação com a possibilidade de novos ataques é tanta que ele chega a ir à padaria  usando colete à prova de bala. O PM também fez críticas ao comando da corporação diante da situação.

Sob a condição de anonimato, o policial afirmou que o medo de ataques faz com que ele só saia de casa com proteção e que já quase atirou em um amigo do próprio filho por suspeitar que era alguém tentando matá-lo. "Eu estava chegando em casa e vi um rapaz parado com o celular em frente à minha garagem. Saí do carro segurando a arma, mandando ele abaixar e dizendo que eu era policial. Depois vi que era o amigo do meu filho que estava no celular tentando acessar a internet", disse.

"Essas ameaças de morte já estão afetando a minha vida pessoal. Não consigo mais sair com minha família para tomar um sorvete sem me sentir inseguro. Até à padaria, que fica a dois quarteirões da minha casa, vou usando colete à prova de balas", disse o PM.

Sargento da PM leva 13 tiros em frente a Habib's em Piracicaba (Foto: Diego Spigolon/Arquivo pessoal)
Sargento da PM levou tiros no atentado em frente a
restaurante (Foto:Diego Spigolon/Arquivo pessoal)
Morte de sargento
O sargento Arnaldo Francisco de Brito, de 44 anos, foi baleado na noite do dia 14 de junho durante a folga e morreu no dia 22. Ele atuava na Força Tática e a Polícia Civil investiga se o atentado foi em represália à morte de um suspeito que trocou tiros com PMs no dia 12 de junho, no bairro Bosques do Lenheiro. O acusado de atirar no sargento morreu durante tiroteio com policiais em Brotas (SP) na sexta-feira (27).

Crítica ao comando
O PM que não quis ter o nome revelado na matéria disse que relatou as ameaças que recebeu ao comando da Polícia Militar, mas não teve qualquer tipo de auxílio. "Sempre dizem que o risco é inerente à profissão e que, se eu não estiver satisfeito, devo pedir baixa. Também nos orientaram a registrar boletim de ocorrência, mas não fiz. Eu sou policial militar relatando por documentos o problema ao meu comando. Por que tenho que ir à Polícia Civil relatar isso também?"

Marco Ferreira, presidente da APPMARESP, criticou comando da PM em Piracicaba (Foto: Alfredo Morgante/EPTV)
Marco Ferreira, presidente da APPMARESP, criticou
comando da PM (Foto: Alfredo Morgante/EPTV)
Ameaças e Rota
A Associação das Praças Policiais Militares da Ativa e Reformados do Estado de São Paulo (APPMARESP) estima que as promessas de novos ataques quintuplicaram desde o assassinato do sargento Brito.

O presidente da associação, Marco Ferreira, disse que a morte de Brito aumentou a sensação de medo entre os militares. "Se antes registrávamos cinco ou seis ameaças por mês, desde a morte do Brito isso aumentou para 30, 40 ligações", disse.

Para atenuar a insegurança entre os policiais, o comando em Piracicaba recebeu o reforço de equipes das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), grupo de elite da PM. "Muitos bairros da cidade são marginalizados pela polícia, quando somente 5% dos moradores são criminosos de fato. A corporação precisa se aproximar das comunidades e ganhar a confiança dos moradores, que sabem quem são os bandidos", disse Ferreira.

Resposta da PM
O major da Polícia Militar Rodrigo Arena afirmou nesta quarta-feira (16) que, após o assassinato de Brito, ocorreram casos de ameaças à PM e a ações da corporação. Ainda segundo ele, houve apenas um registro de promessa de ataque a um policial especificamente e dois suspeitos foram presos.

"Todos os casos são devidamente checados quanto à procedência e veracidade. Fazemos também um policiamento próximo à residência da pessoa ameaçada." Quanto à presença da Rota no município, o major Rodrigo Arena afirmou que o grupo ajuda a aumentar a sensação de segurança de uma forma geral na cidade.

Fonte: Do G1 Piracicaba e Região

Reunião nas universidades paulistas sobre greve acaba sem proposta

Professores, funcionários e estudantes estão parados desde o fim de maio.
Em reunião nesta terça, demanda sobre reajuste salarial ficou fora da pauta.

Terminou em mais um impasse a reunião de negociação desta quarta-feira (16) entre o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) e os sindicatos de professores e funcionarios das universidades de São Paulo (USP), Estadual de Campinas (Unicamp) e Estadual Paulista (Unesp). Assim como na reunião anterior, do dia 3 de julho, não houve avanço na negociação da principal demanda dos docentes e técnicos-administrativos: a discussão sobre o reajuste salarial.

A professora Marilza Vieira Cunha Rudge, reitora da Unesp e atual presidente do Cruesp, divulgou comunicado após a reunião afirmando que "foram discutidos, conforme anteriormente estabelecido, outros itens da pauta unificada, que não dissídio [o reajuste]". Os reitores defendem que essa discussão seja feita só nos meses de setembro e outubro.

Arrecadação na USP abaixo do esperado
Na segunda-feira (14), o reitor da USP, Marco Antonio Zago, divulgou um informe no qual diz que a arrecadação do ICMS foi menor do que a esperada no primeiro semestre do ano –o argumento dos reitores para o reajuste zero é que a folha de pagamento compromete o orçamento e, sem um aumento na arrecadação, é impossível manter os gastos atuais. Segundo a nota da instituição, o crescimento da arrecadação no segundo semestre precisa ser de 13,8% para que o orçamento da USP para 2014 alcance o volume esperado (de R$ 4,6 bilhões). Mas, de acordo com o reitor, no primeiro semestre a arrecadação cresceu 5,3% em relação ao mesmo período de 2013. A expectativa, segundo ele, é que esse montante chegasse a mais de 9%.

Na terça-feira (15), na assembleia geral permanente da Associação dos Docentes da USP (Adusp), os professores decidiram manter a paralisação. Segundo a assessoria de imprensa da Adusp, a manutenção da greve foi defendida pela ampla maioria, com quatro abstenções e um voto pelo fim do protesto.

Os docentes tentam pressionar a negociação do reajuste retendo as notas dos alunos no primeiro semestre. A Adusp afirma que em cinco unidades a maioria das notas ainda não foram lançadas no sistema da USP: Instituto de Matemática e Estatística (IME), na Escola Superior Luis de Queirós (Esalq), na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), no Instituto de Psicologia (IP) e na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).

Na Unicamp, a greve foi parar na Justiça: uma liminar concedida à reitoria e contra o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) proibiu os grevistas de bloquearem salas e departamentos do Hospital de Clínicas da Unicamp. A entidade já entrou com recurso.

Na Unesp, professores e funcionários seguem mobilizados. No campus de Presidente Prudente, a última assembleia, do dia 11 de julho, terminou com decisão favorável à manutenção da greve.

Entenda a greve nas universidades paulistas
As greves começaram após o Cruesp decidir, em 21 de maio, pelo reajuste zero nos salários de professores e funcionários das três universidades paulistas. O Cruesp afirmou, na ocasião, que o congelamento foi necessário por conta dos níveis de comprometimento do orçamento com a folha de pagamento. A proposta de discutir esse reajuste só em setembro é rejeitada pelas categorias, que também pedem uma maior transparência no controle dos gastos das três instituições paulistas.

Segundo a Associação de Docentes da USP (Adusp), um dos problemas que afeta o orçamento das universidades paulistas é a interpretação desse artigo, que fala sobre as unidades orçamentárias da administração. As universidades devem receber, por lei, 9,57% da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do estado de São Paulo. Em artigo publicado no fim de junho, a Adusp diz que o governo calcula esse valor a partir de uma base total menor, o que acarreta em uma redução do montante destinado às três instituições.

Fonte: Do G1, em São Paulo

Demissão de autônomos amplia déficit na Saúde de Americana, SP


Novo prefeito dispensou 170 não-concursados que supriam falta de efetivo.
População reclama do serviço, e administração diz que não terá impacto.

A demissão de funcionários autônomos não concursados da Prefeitura de Americana (SP) vai impactar e aumentar o déficit de profissionais na rede pública de saúde, que já apresenta falhas no atendimento à população. O novo prefeito, Paulo Chocolate (PSC), resolveu dispensar 170 servidores, que eram admitidos no regime de RPA (Reposição Profissional Autônomo), uma mão de obra que, em tese, só é acionada em caso de emergência. Segundo estes profissionais, no entanto, diante da falta de efetivo no município, eles cumpriam escala como servidores efetivos. 

Hospital Municipal de Americana (Foto: Reprodução / EPTV)
Hospital Municipal de Americana será afetado por
demissões (Foto: Reprodução / EPTV)
De acordo com o Sindicato dos Servidores Municipais de Americana, esses RPA’s eram irregulares, já que não recebiam direitos trabalhistas, por não possuir vínculo efetivo com a administração, mas trabalhavam com a mesma frequência dos demais funcionários.

Um técnico de enfermagem que prefere não se identificar mostra, no cartão de ponto do mês de julho, que trabalhou bem mais do que o regime emergencial permitiria. “Nós tínhamos escala fixa mensal, fora as horas extras que nós fazíamos por fora do nosso horário de plantão”, conta.

A maioria dos demitidos é das secretarias de Saúde, sendo que grande parte é do Hospital Municipal. Os profissionais dispensados são de vários setores, como serviço de apoio, motorista de ambulância, serventes hospitalares e enfermeiros e técnicos de enfermagem. O maior prejuízo é no setor de enfermagem, segundo o sindicato, que afirma que o déficit deve aumentar em 30% com a saída desses profissionais.
De acordo com o diretor da entidade, Antônio Forti, a pressão agora é que o prefeito preencha as vagas que foram abertas acionando profissionais que aguardam em lista de concurso para assumirem suas funções. Isso porque, para ele, a demanda atual sem os autônomos não será capaz de suprir toda a demanda por atendimento.

A demissão dos funcionários, segundo a Prefeitura, faz parte da reformulação do governo e foi feita a partir de estudo de impacto das secretarias. Por meio da assessoria de imprensa, o Executivo afirmou que a despesa desses RPAs não afetará a prestação de serviço.

Apesar disso, na manhã desta quarta, já havia população reclamando da demora e qualidade do atendimento no hospital do município. "Desde as 10h da manhã estou aqui e não consigo ser atendido. Eu não acho isso certo", disse Paulo de Oliveira, que levou cinco horas para passar pelo médico. "A saúde já era precária, sem atendimento, vai ficar ainda pior", diz Ezequias de Carvalho.

Fonte: Do G1 Campinas e Região

terça-feira, 15 de julho de 2014

Campinas, Piracicaba e Limeira vão receber voto em trânsito nas eleições

Interessados em votar fora do domicílio têm até 21 de agosto para cadastro.
Na última eleição presidencial, somente capitais recebiam esses votos.

 
Os eleitores que estiverem fora do município poderão votar em três cidades da região nas próximas eleições gerais, que ocorrem no dia 5 de outubro: Campinas (SP), Piracicaba (SP) e Limeira (SP). Até a última eleição presidencial, somente as capitais brasileiras recebiam estes votos. A nova regra abrange cidades que tenham mais que 200 mil eleitores. Os interessados podem se cadastrar até o dia 21 de agosto nos cartórios da Justiça Eleitoral.

A inscrição para votar fora do domicilio eleitoral é feita mediante apresentação de documento de identidade com foto e o título eleitoral. No ato do cadastramento, o eleitor deverá informar a cidade em que pretende votar. Também deverá ser feita a opção de votar no primeiro, no segundo ou em ambos os turnos das eleições deste ano.

De acordo com a Justiça Eleitoral, a partir do cadastramento, o nome do eleitor é transferido da urna de origem para a cidade que receberá o voto em trânsito, em seções especiais. No caso de impossibilidade de se votar na cidade informada, o eleitor deverá justificar a ausência no dia da votação com o preenchimento do formulário Requerimento de Justificativa Eleitoral (RJE). Mais informações podem ser obtidas nos cartórios eleitorais e no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Serviço
O quê: Cadastramento para voto em trânsito
Quando: até 21 de agosto
Onde: cartórios eleitorais de Campinas, Piracicaba e Limeira

Fonte: G1 Campinas e Região

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Nascido em quilombo, homem de 126 anos pode ser o mais velho do mundo

José Aguinelo dos Santos nasceu em 1888, no Ceará.
Ele adora um prato de arroz e feijão, mas não gosta de tomar banho.
José Aguinelo segura o documento de identidade no asilo em Bauru (Foto: Alan Schneider/G1)
José Aguinelo segura o documento de identidade no asilo em Bauru (Foto: Alan Schneider/G1)
 O documento de identidade de José Aguinelo dos Santos aponta a data de nascimento: 7 de julho de 1888, ou seja, 126 anos. Morador da Vila Vicentina, em Bauru (SP), desde 1973, Zé Aguinelo pode ser o homem mais velho do mundo. O G1 visitou a entidade para conhecer um pouco mais sobre a vida deste homem. Com expressão fechada para os desconhecidos, Zé é de pouca conversa, mas com a psicóloga Mariana Canassa da Silva, é diferente.

“Ele interage muito com o grupo apesar do jeito introspectivo. Com as pessoas que ele não está acostumado é mais difícil tirar alguma coisa. Já com a gente ele conversa, brinca e até conta piada”, disse. Com uma saúde considerada perfeita pelos médicos, ele adora um prato com arroz e feijão e tem resistência na hora de tomar banho. Além disso, consome em média um maço de cigarro todos os dias. 

Idoso de 126 anos gosta de ficar sentado na varanda da entidade (Foto: Alan Schneider/G1)
Idoso de 126 anos gosta de ficar sentado na
varanda da entidade (Foto: Alan Schneider/G1)
A idade de Zé Aguinelo foi estabelecida por um juiz da Comarca de Bauru após uma entrevista detalhada. A cidade natal do idoso na certidão é Pedra Branca, no Ceará. O idoso contou que procurou o interior de São Paulo para trabalhar e depois de algumas cidades conseguiu empresa em uma fazenda de café da região de Iacanga (47 quilômetros de Bauru).

Para as pessoas do asilo, Zé lembrou que nasceu em um quilombo de escravos. “Ele contou que tinha uma irmã que batia muito nele e, ao todo, teve cinco irmãos. O local era grande e não havia camas. Além disso, dormia todo mundo junto e que a mãe era escrava. Mas que um dia ela acordou e não era mais escrava”.

Já quando atingiu a fase adulta, Zé saiu do Ceará até chegar ao interior de São Paulo para trabalhar na roça. Passou por algumas cidades antes de parar na região de Iacanga. Zé contou que trabalhou em uma fazenda de café e chegou à instituição através dono da propriedade”, informou a psicóloga.

Rotina tranquila
A rotina do homem que pode ser considerado o mais velho do planeta é praticamente igual todos os dias. Ele acorda às 6h30 para o café, que começa às 7h. Depois ele retorna para o quarto para aguardar o banho, que tem auxílio de cuidadores.
 Arroz e feijão têm que ter no prato de José Aguinelo todos os dias  (Foto: Alan Schneider/G1)
Arroz e feijão têm que ter no prato de José Aguinelo todos os dias (Foto: Alan Schneider/G1)

No almoço, servido às 11h, Zé prefere bastante arroz e feijão, pouca carne e sem folhagens. No dia da visita do G1, ele usou uma colher para comer arroz, feijão, chuchu refogado e bife à milanesa. E resolveu falar um pouco, mas bem baixo. “Está bom. Gosto mais do arroz e feijão”.

E depois de um rápido cochilo, o idoso volta ao refeitório para um café às 14h. Três horas mais tarde é servido o jantar. Em seguida, outro cochilo e, às 20h, uma ceia com chá, café, bolacha ou pão, para finalmente dormir.

No entanto, uma das coisas que Zé menos gosta é tomar banho. A psicóloga afirmou que às vezes é impossível levá-lo ao chuveiro. “Não gosta e tem dia que ele empaca e dá trabalho para sair do salão e ir tomar banho. E quando ele não quer, nem fica no quarto. Tem que ficar insistindo. Às vezes, conseguimos dar banho nele às três da tarde. Se ele fala que não é não”.

Zé Aguinelo chegou ao asilo em 1973 (Foto: Alan Schneider/G1)
Zé Aguinelo chegou ao asilo em 1973  (Foto: Alan Schneider/G1)
'Saúde de ferro'
A saúde do idoso é considerada boa pela entidade. Zé caminha sozinho e enxerga bem. “Temos um médico voluntário que vem a cada 15 dias. Exames de sangue são feitos anualmente. Já foi realizado o exame no Zé e ele não tem nada. Não tem colesterol, não tem diabetes, não é hipertenso. Os únicos medicamentos que o idoso toma são uma vitamina e um comprimido para abrir o apetite, que acaba perdendo com a idade”, enfatizou a psicóloga da Vila Vicentina.

Ele fica muito pouco no quarto. Se não está na área sentado e fumando mais um cigarro, Zé pode ser encontrado no refeitório ou no sofá do salão em frente a televisão ou assistindo as atividades da equipe de Terapia Ocupacional. Sobre a questão de cigarro não há diagnosticado nenhum problema com a saúde do cearense. O idoso disse que não há segredo para atingir a idade. "Na verdade a vida vai passando. São etapas. E se cheguei até aqui é porque vivi muita coisa".

Já nos momentos sozinhos, ele é mais desinibido. “Quando ele fica um pouco sozinho começa a cantar. Um pouco enrolado, mas um pouco dá para entender. Não digo que é uma música que conhecemos. É uma moda da época que a gente conhece”, apontou Mariana.

Odilon é amigo de quarto de Zé há 15 anos (Foto: Alan Schneider/G1)
Odilon é amigo de quarto de Zé há 15 anos  (Foto: Alan Schneider/G1)
Um dos grandes amigos dele é Odilon Camargo, de 73 anos, companheiro de quarto há 15 anos. “Ele para mim é como meu avô. É uma boa pessoa e um grande amigo. A gente conversa e trocamos cigarro também”, avisou.

A psicóloga lembrou ainda que chegar aos 100 anos não é para qualquer um. “É uma grande responsabilidade de toda equipe cuidar do Zé e de todos os outros 47 idosos. É manter os cuidados e fazer com que ele tenha uma velhice digna. O trabalho da psicologia dentro do asilo é com a saúde e com a qualidade de vida deles. Esperamos que muitos outros cheguem nessa idade”, completou a psicóloga.

Certidão de José Aguinelo expedida em Bauru (Foto: Alan Schneider/G1)
Certidão de José Aguinelo expedida em Bauru (Foto: Alan Schneider/G1)

Documentação
O interesse da entidade pela documentação de Zé Aguinelo surgiu há mais de uma década. O documento de identidade foi registrado em 2001. “Começou-se a procurar essa documentação quando o processo para o acolhimento ficou mais burocrático. Então, já não podia ter mais idoso sem a documentação. Na época, os assistentes sociais e a diretoria começaram a vasculhar um pouco mais sobre a vida dele. Ele realizou uma entrevista com um juiz e pelo histórico foi registrada essa data. Não foi realizado nada específico, mas o juiz atestou essa data”, informou Mariana.


A direção do asilo pretende conseguir levar o caso mais adiante. Um teste de carbono 14 pode confirmar a época que Zé Aguinelo nasceu. No entanto, o exame custa mais de R$ 50 mil. “Um amigo nosso da entidade está tentando conseguir esse exame sem custo para a entidade”, informou o presidente da Vila Vicentina, José Roberto Pires.
Zé fuma em média um maço de cigarros por dia (Foto: Alan Schneider/G1)
Zé fuma em média um maço de cigarros por dia (Foto: Alan Schneider/G1)

Fonte: G1 Bauru e Marília

Reclamações no PROCON Campinas aumentam 26,8% em um ano

Este ano, internet, tv a cabo, celular e fixo tiveram juntos 6,4 mil queixas.
Problemas com a rede estão no topo do ranking, com 1.756 registros.
 Procon de Campinas (Foto: Reprodução EPTV)
O PROCON Campinas registrou 6.464 reclamações de consumidores sobre internet, tv a cabo, telefonia móvel e fixa só no primeiro semestre deste ano. O número é 26,8% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram 5.097 queixas. Entre as principais insatisfações dos clientes estão os problemas com o sinal da internet, as cobranças abusivas de tarifas e as cobranças indevidas.
De janeiro a junho deste ano, a internet foi o assunto mais questionado entre os clientes. No topo do ranking, as reclamações sobre a rede saltaram de 813 para 1.756, uma diferença de 115,9%. Em segundo lugar, a tv a cabo gerou 1.330 registros no órgão de proteção ao consumidor, 31% a mais do que no ano passado, que teve 1.014 queixas.

Na telefonia fixa o aumento no período foi de 19,4%, passou de 1.401 para 1.674 casos registrados. O único setor que teve queda foi o da telefonia móvel, mas nem por isso foram poucas reclamações. Caiu de 1.869 para 1.704 queixas sobre o assunto, uma diferença de 9,6%.

Apesar do grande número de casos em Campinas, na maioria das vezes, a solução chega para o consumidor, de acordo com o PROCON. Em todo o ano passado, 92,6% das 44.640 reclamações foram resolvidas.

O encaminhamento das queixas
Depois que a reclamação é registrada, o PROCON abre uma carta de investigação preliminar e encaminha para a empresa contestada, se ela tiver cadastro no órgão. Se não tiver, a carta é entregue para o consumidor, que faz o envio pelos Correios. A empresa deve responder em até cinco dias úteis, a contar da data de recebimento da carta.
Caso a resposta seja negativa, ou não atenda as expectativas, o cliente precisa contactar novamente o PROCON e informar sobre a sua insatisfação. O órgão abre, então, um processo administrativo e convoca uma audiência de conciliação para tentar um acordo com a empresa, que, se não comparecer, pode ser julgada e multada pelo órgão.

Paralelamente, o consumidor pode entrar com uma ação judicial no Juizado Especial em busca de ressarcimento.

Novas regras da Anatel podem ajudar
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou esta semana novas regras para tentar facilitar a vida dos consumidores. Entre elas, a possibilidade de fazer o cancelamento automático de um serviço, prazo de três anos para reclamar de cobrança e acesso às mesmas promoções disponíveis para novos clientes.

Apesar da mudança, a diretora do PROCON de Campinas, Lúcia Helena Magalhães, acredita que o número de reclamações não diminuirá. "As empresas até respondem rápido, entretanto não atendem a pretensão dos consumidores, mantendo a cobrança, o que faz com que o consumidor registre reclamação nos órgãos de defesa", afirma Lúcia.

Fonte: G1 Campinas e Região