sábado, 7 de setembro de 2013

Manifestação tira PM pela primeira vez de desfile cívico em Campinas

CAMPINAS, SP, 5 de setembro - Pela primeira vez na história de Campinas (SP), a Polícia Militar não irá participar do desfile de Sete de Setembro na cidade. O motivo é a manifestação agendada para o mesmo dia no município.
Para realizar o policiamento no centro, onde ocorrem o desfile e o protesto, a PM convocou até agentes administrativos "visando a preservação da vida e da integridade física das pessoas".
Enquanto as comemorações do Sete de Setembro na cidade serão pela manhã (e devem ser acompanhadas por 20 mil pessoas, segundo a prefeitura), a manifestação está marcada para as 15h --cerca de 7.000 pessoas haviam confirmado presença em uma rede social até o momento.
As reivindicações vão da prisão imediata dos condenados no mensalão à aprovação do PNE (Plano Nacional de Educação). Já na parada cívica o prefeito Jonas Donizette (PSB) irá usar um carro blindado para participar.
Depredações
A Guarda Municipal participará do desfile em Campinas, mas com número reduzido de agentes --o objetivo é reforçar o patrulhamento, sobretudo na sede da prefeitura.
Na manifestação de 20 de junho, que, segundo a PM, reuniu 35 mil pessoas no centro da cidade, o prédio da prefeitura foi danificado por manifestantes. O prejuízo anunciado à época ficou em torno de R$ 700 mil.
Após diversas lojas também terem sido alvo de saques e depredações durante os protestos de junho, a associação comercial local recomendou que o comércio de rua no centro feche depois das 14h.
Além de acompanhar o protesto, a PM terá de fazer também o policiamento do jogo entre Ponte Preta e Internacional, válido pelo Campeonato Brasileiro, que começará às 18h30 no sábado. O estádio Moisés Lucarelli fica a 1,5 km do largo do Rosário, local de concentração da manifestação.
Belo Horizonte
Na capital mineira, a PM espera cerca de 12 mil pessoas nas manifestações convocadas para o Sete de Setembro: o Grito dos Excluídos, anualmente organizado pela Igreja Católica e movimentos sociais, e a manifestação convocada nas redes sociais.
Uma acontece pela manhã, no mesmo horário do desfile militar, e a outra à tarde.
Por segurança, os estudantes do Colégio Militar, ligado ao Exército, e do Colégio Tiradentes, ligado à Polícia Militar, não vão desfilar neste ano. Em Contagem, na região metropolitana de BH, o desfile com participação de várias escolas foi cancelado.
A PM mineira informou que pessoas mascaradas serão abordadas e deverão se identificar para os policiais. Mochilas também serão revistadas.

FonteTNOnline FolhaPress

Após desfile da Independência,'Grito dos Excluídos' protesta em Campinas

Cerca de 300 manifestantes desfilaram pela Avenida Francisco Glicério.
Ato cívico começou por volta das 8h e terminou pouco antes das 10h.

Após o fim do desfile cívico de Independência, na manhã deste sábado (7), no Centro de Campinas (SP), cerca de 300 manifestantes de diversas representações, que compõem o "Grito dos Excluídos", realizaram um protesto na Avenida Francisco Glicério. O grupo é composto por entidades, grupos religiosos, movimentos sociais e desfila há 18 anos na cidade.
Desfile de 7 de Setembro em Campinas teve o "Grito dos Excluídos" (Foto: Marcello Carvalho/G1) 
Desfile de 7 de Setembro em Campinas teve o "Grito dos Excluídos"
O padre Benedito Ferraro, que é um dos organizadores do movimento, afirmou que o ato pede melhorias em diversas áreas, incluindo educação, saúde, moradia e segurança. "É um protesto geral, contra uma série de problemas que identificamos no Brasil. Nós fazemos isso para valorizar o verdadeiro sentido da democracia", explica o padre.
A passeata do "Grito dos Excluídos" começou no Largo do Pará e desceu a avenida Francisco Glicério até o Largo do Rosário. Os manifestantes usaram um caminhão de som para ler um manifesto com todas as reivindicações e cantar algumas músicas. A estimativa de 300 participantes é da Guarda Municipal.
Entre os participantes da manifestação, estavam representantes de sindicatos, pastorais, diretório acadêmicos, movimentos estudantis e partidos políticos. O protesto durou 30 minutos e terminou por volta de 10h30.

Protesto 'esvazia' desfile
O desfile em Campinas, que foi reduzido este ano devido aos possíveis protestos, começou às 8h e terminou pouco antes das 10h na Avenida Francisco Glicério. Em anos anteriores o término do ato ocorria por volta das 12h.

De acordo com a Polícia Militar, 5 mil pessoas compareceram ao Centro, mas a Administração Municipal esperava 20 mil. A PM deixou de participar pela primeira vez em dez anos para fazer a segurança da área central, mas até a publicação desta reportagem nenhum incidente havia sido registrado.
Desfilaram soldados do Exército, integrantes da banda da Polícia Militar, bombeiros, Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e de outros órgãos da Prefeitura.

Integrantes do "Grito dos Excluídos" fazem uma ciranda em Campinas (Foto: Marcello Carvalho/G1) 
Integrantes do "Grito dos Excluídos" fazem uma ciranda em Campinas

Fonte: Marcello Carvalho Do G1 Campinas e Região

Família perde desfile em Campinas, mas homenageia pedreiro Amarildo


Menina de 5 anos pediu para fazer cartaz questionando desaparecimento.
Amarildo de Souza está desaparecido desde o dia 14 de julho no Rio.

Família em Campinas pede explicações sobre desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, no Rio (Foto: Marcello Carvalho/G1) 
Família em Campinas pede explicações sobre desaparecimento do pedreiro
Pai e filha perderam o rápido desfile de 7 de Setembro em Campinas (SP) neste sábado, mas conseguiram mostrar solidariedade ao drama vivido pela família do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido no Rio de Janeiro (RJ) desde o dia 14 de julho após ser abordado por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na Rocinha.
O bancário Ricardo Meirelles conta que ao chegarem à Avenida Francisco Glicério, no Centro, o desfile já havia acabado, mas a filha, de 5 anos, ainda conseguiu exibir o cartaz escrito por ela com os dizeres: “Cadê o Amarildo”.  “Perguntei para minha filha sobre o que ela gostaria de protestar. Ea disse que sobre o sumiço do Amarildo”, relata o bancário.
As polícias do Rio investigam o desaparecimento do ajudante de pedreiro. O major   Edson Santos que comandava a UPP da Rocinha foi substituído pela major Priscila de Oliveira. Santos vai  para o Bope.

Fonte: Marcello Carvalho Do G1 Campinas e Região