quinta-feira, 12 de maio de 2011

Grevistas recuam e reduzem pedido de reposição das perdas salariais

Proposta reduz de 15% para 7%, mas mantém reajuste salarial de 6,35%

Os servidores municipais de Araraquara, em greve desde terça-feira (10), vão entregar nesta quinta-feira (12) uma nova proposta para a prefeitura. A categoria decidiu reduzir o pedido de reposição das perdas salariais de 15% para 7%, mas manteve o pedido de 6,35% de reajuste, enquanto a prefeitura oferece 6,01%.
Os grevistas reivindicam também o aumento para R$ 335 no valor do ticket refeição, R$ 5 a mais do que tinham pedido anteriormente. Já a prefeitura oferece R$ 315.
Outra reivindicação é a equiparação da jornada de trabalho para seis horas, sem redução de salário. Hoje em dia, alguns funcionários cumprem oito horas. De acordo com o levantamento do sindicato, a adesão à greve é a mesma do primeiro dia: 600 servidores. A prefeitura fala em 300 pessoas paradas.
Duas escolas no bairro Selmi Dei estão sem merendeiras e nos postos de saúde da Vila Xavier, Jardim Paulistano e Santa Angelina, só os médicos estão trabalhando.

Sindicato diz que fábrica da Honda está em greve



Motivo seria plano da montadora de reduzir produção e postos de trabalho
O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região anunciou nesta quinta-feira (12) que os funcionários do primeiro turno da fábrica da Honda em Sumaré (SP) entraram em greve. O motivo seria um plano da empresa apresentado ao sindicato de reduzir a produção em 50% e cortar postos de trabalho. A medida seria em função da escassez de peças vindas do Japão.
A Honda foi uma das montadoras que tiveram a produção afetada pelo terremoto que atingiu o país em março. Procurada pelo G1, a fabricante diz que, no entanto, não foi tomada nenhuma decisão formal a respeito de demissões no Brasil como consequência do atraso na entrega de componentes provenientes do Japão. Em abril, a filial anunciou que iria antecipar a tradicional pausa de julho, para a manutenção da fábrica, por causa da falta de peças japonesas. A parada neste ano acontecerá no período de 23 de maio a 3 de junho.
Na última terça (10), o sindicato diz ter sido procurado pela montadora, que apresentou o plano de reduzir a produção em 50% de junho a dezembro. Isso implicaria na redução de três para dois turnos de oito horas e no corte de 1.270 funcionários, ainda segundo o sindicato. E o lançamento de um novo modelo previsto para o segundo semestre do ano seria adiado para 2012. A ordem de redução nas operações teria partido da matriz, que já opera em nível abaixo do normal, e atingiria todas as fábricas da Honda fora do Japão.
A empresa diz que está "em permanente contato com o sindicato para deixá-lo informado sobre cada passo que a Honda está tomando". O presidente da organização de trabalhadores, Jair dos Santos, diz que apresentou nesta quinta uma contra-proposta à fábrica, para que mantenha o número de empregados -3.487 diretos e indiretos-, apenas reduzindo a jornada dos dois turnos que restarão para cinco horas e meia cada, em vez de oito horas. "Com isso, sobrariam 400 trabalhadores. Nossa proposta é que a cada mês, de junho a dezembro, eles deem férias a um grupo de 400", completa Santos.
Uma nova reunião entre o sindicato e a montadora acontecerá nesta tarde. Enquanto isso, segundo Santos, a greve deve se estender para o segundo turno, que começa às 14h.

Professores cobram aplicação do piso nacional do magistério, após decisão favorável do Supremo

Brasília – O dia foi de protestos e mobilizações de professores em todo o país. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) convocou uma paralisação nacional pelo cumprimento do piso do magistério. A lei que havia sido questionada na Justiça foi declarada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A partir da decisão do Supremo, nenhum professor de escola pública pode receber menos do que R$ 1.187,14 por uma jornada semanal de 40 horas, mas os municípios argumentam que não terão recursos para pagar o estipulado pela lei.
“Os prefeitos choram muito. Eu nunca vi nenhuma prefeitura ir à falência porque investiu muito em educação, porque construiu mais escola. Eu vejo problema com o desvio de verba do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica], da merenda escolar, do transporte escolar”, disse Roberto Leão, presidente da CNTE.
Como parte da mobilização, os professores também participaram da primeira audiência pública para discutir o novo Plano Nacional de Educação (PNE) que tramita na Câmara dos Deputados. O projeto vai estabelecer 20 metas que devem ser alcançadas pelo país na próxima década, dentre elas o aumento do investimento público em educação.
O projeto de lei elaborado pelo Ministério da Educação (MEC) prevê que o investimento chegue a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020. Mas entidades como a CNTE, a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e a Campanha Nacional pelo Direito à Educação defendem que esse patamar seja alterado para 10%. Outra crítica é a de que o projeto não traz com clareza quais são as responsabilidades de cada ente federado e quem vai “pagar a conta” para que as metas de melhoria da qualidade do ensino sejam atingidas.
“O financiamento precisa ser proporcional. Hoje os municípios atendem um número maior de matrículas do que os estados e ficam com a menor parte dos recursos”, defendeu a presidenta da Undime, Cleuza Repulho.
Estão previstas ainda 25 audiências públicas para debater o PNE em diferentes estados. A previsão do deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), presidente da comissão especial criada para discutir a matéria, é que o plano seja aprovado na Câmara dos Deputados até novembro.

Etecs e Fatecs entram em greve

Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza pede 58% de reajuste para os professores das unidades.
As Faculdades de Tecnologia (Fatecs) de Itaquaquecetuba e Mogi das Cruzes e as Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) da região vão entrar em greve a partir de amanhã, como forma de reivindicar melhorias à classe de trabalhadores. Ao todo, serão 96 Fatecs e Etecs de São Paulo que vão participar do movimento. A confirmação veio do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza, que informou que mais de 60% das instituições do Estado ficaram favoráveis à ação e apontaram grande indignação com relação ao piso salarial e as condições atuais de trabalho.
De acordo com a secretária geral do Sindicato dos Trabalhadores, Sílvia Elena de Lima, a ação será feita, principalmente, com o pedido de reajuste salarial que, segundo ela, está defasado desde 2005. O valor de reajuste solicitado é de 58,9% para os docentes e 71,79% para os servidores técnico-administrativos. "Não estamos com evasão de alunos nas escolas, mas de professores e funcionários, que não permanecem por causa do salário baixo. O vale-refeição, por exemplo, é de R$ 4 por dia e, mesmo assim, alguns não têm o direito", disse a dirigente sindical. "As instituições sempre estão em primeiro lugar no ensino e há uma cobrança muito grande de desempenho, mas não somos recompensados por isso", disse ela. Segundo Sílvia, as melhorias já foram cobradas para os trabalhadores ao governo estadual antes de decidirem fazer a greve, porém, nenhum posicionamento foi dado.

Outro lado
A assessoria de comunicação do Centro Paula Souza, por sua vez, informou que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) deverá anunciar hoje o reajuste salarial dos professores e servidores da instituição. Além disso, a assessoria ressalta que está prevista para este ano a aplicação da progressão funcional, que tem por objetivo beneficiar os funcionários que apresentarem bom desempenho na carreira.

Alckmin anuncia reajuste salarial para professores

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou nesta quarta-feira um reajuste de 13% a partir de julho para professores da ativa, aposentados e também pensionistas da rede estadual.

O índice será aplicado sobre o salário base atual, que passará de R$ 1.665 para R$1.894 reais. Nos próximos quatro anos, a remuneração da categoria terá aumento de 42,2%.

Greve

O anúncio do aumento salarial veio no mesmo dia em que professores da rede estadual de todo o país planejavam entrar em greve. As principais reivindicações são a implantação efetiva do piso e o Plano Nacional de Educação.

Trabalhadoras e trabalhadores em educação se mobilizam em todo o país; manifestação em Brasília reúne mil pessoas

Professores de todo país, realizaram na manhã desta quarta-feira, uma grande manifestação com a participação de cerca de mil pessoas. A CSP-Conlutas esteve presente na mobilização prestando seu apoio e solidariedade à luta dos profissionais de educação. O ato convocado pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) integra o dia de mobilização nacional pela aplicação imediata do piso salarial nacional para os trabalhadores do ensino.
A CNTE juntamente com diversas entidades está reunida neste momento em uma em audiência pública para tratar sobre o plano nacional de educação PL 8035|2010, que trata sobre a qualidade do ensino no Brasil. Essas entidades reivindicam um piso nacional no valor de R$ 1.187 para 40 horas trabalhadas, além de 10% de repasse do orçamento da União para a Educação.

A Confederação convocou nesta data, inicialmente, um dia de paralisação nacional com manifestação em Brasília\DF. No entanto, as atividades votadas variam de estado para estado, conforme a orientação adotada pelos sindicatos estaduais e locais.

Entenda o caso:

No início do mês de abril, o STF julgou e considerou constitucional a parte da Lei 11.738 que vincula o piso nacional dos professores aos vencimentos iniciais das carreiras de magistério de estados e municípios. Ou seja, o piso é nacional e obrigatório e não comporta penduricalhos.

Já no dia 27 de abril o plenário do Supremo Tribunal Federal concluiu o julgamento da ADI 4.167 e considerou constitucional o parágrafo 4º do art. 2º da Lei 11.738, que destina, no mínimo, 1/3 (um terço) da jornada de trabalho do/a professor/a para a hora aula-atividade, jornada cumprida fora de sala de aula.

Centrais sindicais preparam mobilização na Câmara para 24 de maio

Dirigentes das centrais sindicais reuniram-se nesta segunda-feira, dia 9, em São Paulo para acertar detalhes de uma agenda comum de disputa no Legislativo. O encontro foi um desdobramento de audiência realizada com o presidente da Câmara, Marco Maia, na semana passada.
Um das decisões é de que haverá mobilização no Congresso, com a presença de dirigentes sindicais, para brigar pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais no próximo dia 24 de maio.
Antes dessa mobilização, as centrais voltam a se reunir para afinar o discurso entre ela para seis temas considerados prioritários: redução da jornada sem redução de salários, fim do fator previdenciário, regulamentação da convenção 151, ratificação da convenção 158 e a elaboração de uma legislação pelo fim das práticas antissindicais. "Estamos preparando uma intervenção coordenada", explica Manoel Messias de Melo, secretário nacional de Relações do Trabalho da CUT, que participou do encontro desta segunda-feira, dia 9.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Servidores públicos entram em greve por aumento salarial de 6,36%

Grevistas querem ainda melhorias no ticket refeição e 15% de aumento justificado por perdas salariais.
Servidores públicos de Araraquara entraram em greve na manhã desta terça-feira (10) após não conseguirem um acordo com a prefeitura para reajuste de salários. Os trabalhadores pedem aumento de 6,36% e a proposta do governo municipal foi de 6,01%.
A prefeitura informou que uma nova proposta foi encaminhada para a Câmara Municipal e será votada em sessão na tarde de terça. A assessoria disse ainda que dos 5,3 mil servidores públicos da cidade, cerca de 300 aderiram à greve.
Além do ajuste salarial, os grevistas querem ainda melhorias no ticket refeição. Eles pedem que o valor aumente de R$ 270 para R$ 330. Mais uma vez, não houve acordo com a prefeitura. Eles também pedem redução na jornada de trabalho.
Os servidores também pedem um outro aumento, de 15%, justificado por perdas salariais.

Serviços

Alguns serviços funcionam parcialmente como a educação e saúde. A Vigilância Sanitária é a única área que não irá aderir à greve, por conta dos trabalhos que visam conter o surto de dengue na cidade.
O vice-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região informou que a greve é por tempo indeterminado e que atinge vários setores.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Servidores rejeitam 4,22% e prometem greve a partir de 6ª feira

Categoria reivindica 15,06%; administração tem cerca de 15 mil funcionários
Os servidores municipais de Campinas rejeitaram, em assembleia nesta segunda-feira (9), a proposta de reajuste salarial de 4,22% e decidiram pela greve, agendada para começar nesta sexta-feira (13). Os trabalhadores reivindicam aumento de 15,06%.
Durante a assembleia, os servidores fecharam a Avenida Anchieta, em frente a prefeitura no início da noite, e o trânsito ficou complicado no local. A administração municipal deve ser notificada da greve nesta terça-feira (10), com 72 horas de antecedência, como prevê a lei.
Segundo Marionaldo Maciel, um dos coordenadores do sindicato, Campinas tem cerca de 15 mil servidores na ativa, além de outros cinco mil aposentados e pensionistas. O piso da categoria, segundo ele, é de R$ 945.
Maciel garantiu que os serviços básicos, como saúde, segurança e educação, não devem ser prejudicados durante a paralisação.