quinta-feira, 7 de abril de 2011

Greve de servidores paralisa atividades em escolas

Categoria reivindica mudança da data-base e reajuste e salários

Pelo menos 40 escolas municipais de Paulínia estão paradas nesta quinta-feira (7), segundo dia da greve de servidores. Segundo balanço da prefeitura, estão paradas nove das 15 escolas municipais de educação infantil (Emef); seis das 13 escolas de ensino fundamental e 26 das 27 creches estão sem atendimento.
As principais reivindicações dos servidores são a mudança na data-base, reposição de perdas salariais, reajuste real de salários, novo valor do auxílio-alimentaçãoe plano familiar de saúde.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Polícia Civil apreende 300 quilos de cocaína em São Roque

Segundo o Denarc, o local utilizado como refinaria ficava dentro de condomínio mantido por policiais; duas pessoas foram presas em flagrante


Policiais civis do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), apreenderam nesta segunda-feira (4), 300 kg de cocaína em um condomínio na "Estrada do Carmo", em São Roque. O local era utilizado como refinaria de entorpecentes. Além da cocaína, havia também 10 quilos de crack, galões de éter e uma estufa. Foram presos dois traficantes e apreendidos, uma metralhadora, um revólver calibre 38, uma pistola 765, e duas motocicletas.

Justiça manda MST desocupar fazenda em SP

A Justiça mandou desocupar em 24 horas a fazenda Leonilda, do radialista Zé Béttio, em Rinópolis, oeste paulista, invadida no sábado por 180 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). A liminar foi dada ontem pelo plantão judiciário de Bastos. Hoje de manhã, os sem-terra desmontaram os barracos e deixaram a propriedade. O grupo faz parte da dissidência do MST liderada por José Rainha Júnior.

De acordo com o coordenador Luciano de Lima, a orientação das lideranças é de que as ordens judiciais sejam cumpridas. As famílias retornaram para acampamentos da região e irão esperar que as terras sejam vistoriadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Rainha disse que o "Abril Vermelho" - a jornada nacional de lutas do MST - está apenas começando. "A ocupação em Rinópolis foi só para esquentar os motores. Quem diz que a reforma agrária está fora da pauta está falando bobagem, pois a luta está mais viva do que nunca", afirmou. Rainha divulgou uma lista dos 30 acampamentos que seu grupo mantém nas regiões do Pontal do Paranapanema e Alta Paulista, com um total de 6.175 acampados.

Ele promete mobilizar esse contingente para "ocupar terras devolutas ou improdutivas" este mês. "Nossa presidenta Dilma (Rousseff) precisa ouvir quem está com os pés na terra e debaixo da lona, caso contrário precisará de muitos bombeiros para os conflitos que virão", alertou.

GREVE CONTINUA POR FALTA DE ACORDO

Servidores não ficaram satisfeitos com a posição da Prefeitura e greve segue
Americana - Não foi desta vez que a greve do funcionalismo público de Americana chegou ao fim. Em mesa de conciliação ontem em Campinas, intermediada pelo procurador do trabalho Aparício Querino Salomão, a comissão de negociação da Prefeitura manteve o discurso e não apresentou nova proposta de reajuste para a categoria. Reunidos em assembléia após a audiência, os servidores votaram por manter a paralisação, que chega hoje a duas semanas. Sem acordo, o procurador suspendeu o procedimento de mediação e poderá solicitar o julgamento da greve.
A Prefeitura concedeu 0,5% de reajuste para a categoria e mais 7% através de um programa de valorização, que atende apenas os funcionários que recebem salários de até R$ 2 mil, profissionais da Educação e enfermeiros do Programa Saúde da Família. A cesta básica também aumentou de R$ 210 para R$ 225. Os servidores reivindicam a reposição da inflação, o que garantiria um índice de 8% e cesta básica de R$ 250.
O presidente do sindicato, Aires Ribeiro, disse que mais uma vez a categoria procurou uma conciliação, através do pedido de intermediação da Procuradoria Regional do Trabalho. "Sabemos da cobrança da população pelos serviços e por isso buscamos um canal para chegar a um acordo para que voltássemos a trabalhar com tranqüilidade", avaliou Aires. "Infelizmente, os representantes da Prefeitura com uma certa arrogância não apresentaram proposta nenhuma e trataram do assunto como se estivesse encerrado".
A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que, na audiência, foram apresentados os números sobre a impossibilidade de um reajuste maior para não ultrapassar o limite de despesa com pessoal estabelecido pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). A comissão sustentou que já foi concedido reajuste de salário.
DENÚNCIAS
Na audiência, o sindicato ainda denunciou ao procurador uma série de condutas para impedir o exercício do direito de greve, como a contratação de carros de som, distribuição de panfletos, publicação de anúncios, afixação de cartazes nos postos de saúde e arregimentação de comissionados para embates com os grevistas, além da afixação dos salários dos médicos nos postos de Saúde. Alguns servidores estiveram presentes para testemunhar os fatos e também foram apresentadas fotos, um cartaz feito pela Prefeitura e boletins de ocorrência.
Os representantes da Prefeitura negaram as acusações. Segundo a comissão, os salários dos médicos já podem ser consultados através do Portal da Transparência. O procurador disse que vai avaliar a documentação apresentada pelo sindicato.

Médicos-assistentes do HC entram em greve e reivindicam equiparação salarial

Os médicos-assistentes do HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto entraram em greve nesta segunda-feira (4). A principal reivindicação da categoria é a equiparação salarial com os médicos da maternidade e do HE (Hospital Estadual).Atendimentos e cirurgias eletivas foram remarcados. Consultas e procedimentos de urgência e emergência continuam normais.

Segundo o médico infectologista da UETDI (Unidade Especial de Tratamento de Doenças Infecciosas) do campus, Ulysses Strogoff Matos, o primeiro dia de greve teve adesão de aproximadamente 95% dos profissionais da categoria.

O médico informou que, nesta quarta-feira (6), uma comissão vai a São Paulo para fazer uma negociação com a Secretaria Estadual de Saúde. “Uma reunião foi marcada pela Secretaria que fez contato diretamente com o superintendente do HC”, disse.

“Fizemos distribuição de cartas explicando aos pacientes. A gente chega e anuncia a greve. Então, explicamos que é para melhorar o atendimento e para evitar que médicos peçam demissão”, falou o infectologista.

A assessoria de imprensa do HC disse que os atendimentos estão normais. “Aqui tem uma gama de profissionais para suprir a demanda, são residentes, contratados, entre outros. Não está havendo nenhum tumulto”, falou a assessoria.

Matos, que faz parte do comando de greve, disse que o número de médicos-assistentes do campus chega a 600, se forem contabilizados os que são contratados pela Faepa (Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo).

O salário mensal dos médicos-assistentes do HC é de aproximadamente R$ 2,1 mil para uma carga horária de 20 horas semanais, já com as gratificações. Os médicos do HE e da maternidade recebem R$ 6,9 mil por mês por uma carga horária de 24 horas semanais, de acordo com Matos.

A decisão de greve foi tomada durante assembleia geral convocada pela AMAHC (Associação de Médicos Assistentes do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto), que aconteceu na quinta-feira (24).

“Há vários anos a associação não tem tido sucesso em pleitear reajustes salariais junto à superintendência do HC e ao governo do Estado. Nós entendemos que a melhor maneira é a greve, pois até hoje não houve nenhuma resposta concreta”, falou o médico infectologista.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sem diálogo com governo Dilma, MST programa cem invasões

SÃO PAULO — Com o objetivo de aumentar a pressão sobre o governo Dilma Rousseff, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) programa para este mês cerca de cem invasões de propriedades por todo o país. A Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária, popularmente apelidada de “Abril Vermelho”, começou no fim de semana, tendo a Bahia como foco. No sul do estado, três fazendas foram invadidas entre sexta-feira e ontem.
Sem diálogo com o governo Dilma nesses primeiros três meses de gestão, o movimento cobra para este mês a abertura de negociações.
— Já fizemos pedido de reunião com a presidente, mas não houve nenhuma resposta. Esperamos ser recebidos, ao menos, por ministros agora — afirma um dos integrantes da direção nacional do MST, Gilmar Mauro.
Além de invasões de terra, o MST promete para abril ocupações e protestos em órgãos públicos e marchas de trabalhadores em alguns estados. As ações estão sendo articuladas pelas coordenações regionais da entidade.
— Desde o fim da eleição, o tema reforma agrária sumiu da pauta, e precisamos que ele seja retomado. Garantimos que a pressão social vai aumentar— afirmou Mauro.
O auge do “Abril Vermelho” está previsto para o dia 17, quando o massacre de sem-terra de Eldorado dos Carajás (PA) completa 15 anos. O episódio entrou para a História como um dos mais sangrentos embates pela posse de terra no país. Dezoito sem-terra foram assassinados por policiais no confronto.