quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Militares de Campinas vão patrulhar morros do Rio de Janeiro



Tropa é treinada para assumir missão por dois meses, a partir de abril.

Cerca de 800 militares da Brigada de Infantaria Leve de Campinas vão substituir parte dos homens que estão no Complexo do Alemão e no Conjunto de Favelas da Penha, no Rio de Janeiro (RJ). A tropa assume o patrulhamento em abril e devem permanecer na capital por dois meses.
Oficiais e sargentos começaram nesta semana um treinamento com 104 militares, dos 800 selecionados, com oficinas para simular as ações que podem ocorrer na prática e tem a previsão para finalizar em seis semanas. A missão dos militares é manter a tranquilidade dos moradores, depois que os traficante foram expulsos do morro na capital carioca.
Segundo os militares, as ações têm semelhança com o que foram realizadas na Missão de Paz no Haiti. As aulas teóricas e práticas servem para capacitar a tropa em técnicas, táticas, patrulhamento e locomoção em meio urbano para proporcionar maior segurança para a população.

Polícia apreende quase 5 kg de maconha em Lins

Quatro pessoas foram detidas, entre elas dois adolescentes

Quatro pessoas, entre elas dois menores, foram detidas por tráfico de drogas durante a madrugada de quarta-feira (23) no Bairro São João, em Lins. Através de denúncia anônima a polícia chegou até o grupo e apreendeu com eles quase 5 kg de maconha e cerca de 100 pedras de crack em duas casas. Os adolescentes serão levados a uma cela especial na cadeia de Promissão e as duas jovens detidas irão para a cadeia feminina de Cafelândia.

Operação Pirâmide

Operação foi desencadeada ontem em 89 cidades da região


Vinte e oito pessoas foram presas em flagrante. Outras 47 por cumprimento de mandado de prisão e outros 44 por prisão administrativa. Um total de 119 maiores presos. Sete menores foram apreendidos. Ao todo, 126 pessoas. A maioria das ocorrências relacionadas ao tráfico de drogas. Vinte e oito armas de fogo, dezessete veículos e mais de 2 kg de drogas estão com a polícia.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Homem é preso em flagrante por tráfico de drogas em Itapetininga


Policiais da Dise apreenderam 33 cápsulas de cocaína

A polícia de Itapetininga prendeu um homem em flagrante por tráfico de drogas. Mauro César Janune de Albuquerque estava numa casa no bairro do Tupi. Policiais da Dise apreenderam 33 cápsulas de cocaína, um saco contendo cápsulas vazias, plástico para embalar do entorpecente e um aparelho celular. O homem foi levado para a delegacia da cidade e pode pegar de cinco a quinze anos de prisão.

Polícia apreende 100 kg de cocaína em chácara

Duas pessoas foram presas em local usado como base de refino de drogas

Dois homens foram presos uma uma ação de investigadores de Limeira que resultou na apreensão de 100 quilos de cocaína na tarde desta terça-feira (22), em uma chácara na rodovia que liga Iracemápolis a Santa Bárbara d´Oeste (SP-306).
A Guarda Municipal e a Polícia Civil chegaram até o local para apurar informações repassadas por meio de uma denúncia anônima. Na chácara, no bairro São João, existia um laboratório para o refino de drogas. A cocaína apreendida foi levada para a Delegacia de Entorpecentes de Limeira.

Polícia de Agudos prende quadrilha organizada de tráfico de drogas



Eles alugavam pontos de venda de drogas e criaram uma espécie de "franquia" do tráfico na cidade

A polícia civil de Agudos prendeu traficantes de drogas que atuavam no município. O que chamou a atenção da polícia era a maneira que os bandidos atuavam. Os criminosos alugavam locais da cidade para outros traficantes venderem entorpecentes.

21 presos em 4 meses de investigação. Entre eles, os chefes do tráfico Anderson Alves de Paula, Adenize Pereira Ferreira e Sidnei Correia do Nascimento. A polícia descobriu também que Roberval Batista, cunhado de Anderson, comandava parte do tráfico de dentro do presídio de Álvaro de Carvalho. Eles administravam os pontos de venda e alugavam imóveis para outros bandidos.

O esquema funcionava da seguinte maneira: os chefes do tráfico permitiam que outros traficantes usassem um determinado ponto da cidade para revender a droga, desde que pagassem por isso. Para ter direito ao uso, uma espécie de franquia do tráfico, segundo a polícia, eles tinham que pagar entre R$2 mil e R$5 mil, por semana.

De uma casa, um dos chefes do tráfico tinha uma imagem privilegiada da cidade. Ela fica em um dos pontos mais altos da cidade, o que dificultava o trabalho da polícia. Sempre que os policiais se aproximavam, os informantes avisavam o comando do tráfico. Em outra rua, a Frei Sebastião Elebrach, era conhecida entre os traficantes como Rua 25 de março do crime. Em apenas 1 quarteirão, três casas eram usadas para vender drogas. A polícia diz que foram descobertos pelo menos 12 imóveis na cidade que seriam alugados pelos chefões para outros traficantes.

Dos 21 presos, 15 homens foram levados para a cadeia de Duartina e 6 mulheres transferidas para Pirajuí. Com eles, a polícia apreendeu 11 veículos, entre eles, modelos populares e de luxo, que pertenciam aos traficantes e R$9 mil em dinheiro.

Operação Pirâmide
Em também nesta terça, durante todo o dia, a Polícia Civil realizou em 89 municípios da região, a Operação Pirâmide. 119 pessoas foram detidas, além de 7 menores. 28 armas de fogo foram apreendidas. Em Lençóis Paulista, 15 pés de maconha foram encontrados em uma propriedade rural.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

MST terá autonomia na relação política com o governo Dilma, garante coordenador

21/02/2011

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) reconhece com restrições os avanços na questão agrária e na distribuição de renda nos últimos anos. Para Gilmar Mauro, da coordenação nacional do movimento, a evolução ocorreu sem a necessária diminuição da concentração fundiária e a alteração do modelo de exploração do solo o que, para o MST, põe em risco os recursos naturais.
A questão ambiental estará à frente da pauta de mobilização que os trabalhadores rurais terão no primeiro ano do governo Dilma Rousseff e será tema de campanhas de mobilização como a do Abril Vermelho.
Gilmar Mauro garante que, em relação ao governo da primeira presidenta do Brasil, o MST, um dos principais movimentos sociais do país, manterá autonomia.
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista que o líder do MST concedeu à Agência Brasil.
Agência Brasil: O senhor já tem alguma avaliação sobre o governo Dilma?
Gilmar Mauro: Nossa impressão preliminar é de que o governo Dilma será mais ou menos a continuidade do governo Lula. A expectativa é que se possa, no governo Dilma, avançar mais na reforma agrária, embora os indícios iniciais sejam de que o tema está fora de pauta. Tanto no período eleitoral quanto pós-eleitoral (mesmo no discurso de posse), o tema da reforma agrária não foi tratado. Historicamente, aliás, nós podemos afirmar que não temos um programa de reforma agrária. O que temos tido, ao longo da história brasileira, são programas de assentamento porque a estrutura fundiária brasileira continua inalterada, ou seja, grandes propriedades, alta concentração fundiária, grandes investimentos no agronegócio como forma de exportação de commodities para equilibrar a balança de pagamentos.
ABr: O lema do novo governo é “País Rico é País sem Pobreza”. Há relação entre a estrutura fundiária e a questão da pobreza, desigualdade e distribuição de renda?
Gilmar Mauro: O governo Lula avançou numa perspectiva de distribuição de renda com o sistema de bolsa, a elevação do nível de empregos e etc., mas sem mexer na renda dos ricos e sem mexer na estrutura altamente desigual que nós temos no país. Não vejo possibilidade de acabarmos com a pobreza no Brasil sem alterarmos isso. É preciso mexer na renda dos ricos, na riqueza do país, e, especialmente, no patrimônio. No caso, em particular da reforma agrária, [mexer] nas terras que estão servindo e serviram por muito tempo como reserva de especulação e hoje estão sendo utilizadas por grandes transnacionais para gerar lucros.
ABr: Qual a sua expectativa quanto ao relacionamento do governo com os movimentos sociais?
Gilmar Mauro: Por ora, não há nenhum indicativo. Com o MST, não tem nada estabelecido. A gente espera, em um período próximo, fazer reuniões. Temos uma pauta emergencial para discutir com ela [a presidenta Dilma], mas, acima de tudo, temos uma pauta de médio prazo que acreditamos ser uma pauta da sociedade brasileira e tem a ver com o tipo de reforma agrária. Se nós continuarmos com a reforma agrária dentro da lógica de mercado não tem mais sentido. Se pensarmos um outro tipo de utilização do solo, dos recursos naturais, da água, numa perspectiva de preservação para o futuro, evidentemente, a reforma agrária passa a ser uma coisa moderna. Também queremos discutir sobre alimentação. Se a sociedade brasileira quer continuar consumindo alimentos altamente contaminados, então, também não tem sentido uma reforma agrária e uma agricultura familiar fortalecida.
ABr: Mas, atualmente, 70% do que o brasileiro consome vem da agricultura familiar...
Gilmar Mauro: Podemos dizer que sim. Com uma quantidade menor de terras, a agricultura familiar e a média agricultura têm proporcionalmente uma produtividade de alimentação e de geração de empregos infinitamente maior do que a grande produção de exportação. Porém, a pequena propriedade e a média utilizam, em grande medida, todo o pacote tecnológico produzido e monopolizado por grandes grupos de transnacionais. Isso é preciso ser alterado.
ABr: O MST faz muitas críticas ao chamado agronegócio, mas setores dentro do próprio governo reconhecem a importância econômica. O Brasil cada vez exporta menos manufaturados ao passo que se consolida como maior produtor de carne, de frango, de soja, o que tem trazido divisas para o país.
Gilmar Mauro: Nós vivemos o dilema da reprimarização da economia na medida em que passamos a exportar produtos com pouco valor agregado. Para ter uma ideia, em produtos agrícolas processados em grau 1 e grau 2, nós estamos perdendo para a Argentina. Do ponto de vista do equilíbrio comercial, essa exportação em grande medida e o mercado internacional em expansão trazem divisas para o país e equilibram a balança de pagamento. Porém, uma economia não sobrevive com isso, não tem jeito.
ABr: Teremos, neste primeiro ano de governo Dilma, a mobilização do Abril Vermelho?
Gilmar Mauro: Nós vamos continuar fazendo mobilizações para a reforma agrária. Nós queremos uma relação de autonomia com o governo. Um movimento que perde sua autonomia perde a capacidade de fazer política. Uma coisa muito importante é que a reforma agrária não depende mais do MST. A reforma agrária depende de um debate com a sociedade. Se a sociedade brasileira quer continuar dando esse uso que dá ao solo, aos recursos naturais, à biodiversidade e servir a essa lógica que está estabelecida do lucro, de fato, a reforma agrária não vai ter espaço no nosso país. Agora, se a sociedade quer dar um outro uso ao solo e à água, comer outro tipo de comida mirando uma perspectiva de preservação desse patrimônio às futuras gerações, então, de fato, a reforma agrária é uma das coisas mais importantes e por essa razão essa jornada de lutas em abril.
ABr: Das 924 mil famílias assentadas na última década, cerca de 38% não conseguem ter renda de um salário mínimo. A reforma agrária é um bom mecanismo para acabar com a pobreza?
Gilmar Mauro: Esse número, na verdade, a grande maioria, é de regularizações fundiárias no Norte do país. Isso é um engabelamento que se faz em torno dos números da reforma agrária.
ABr: Para o senhor qual seria o número correto?
Gilmar Mauro: Desapropriação e assentamentos no Brasil são em torno de 400 mil famílias. O restante é regularização. Mais que isso, se uma família desiste de um assentamento, o Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] contabiliza a família para quem a terra será destinada como nova família assentada. Isso inflacionou o número de assentamentos e a quantidade de terras que, supostamente, a reforma agrária já possui no país. É um dado que não reflete a realidade.
ABr: E a questão da permanência das pessoas em situação de pobreza nos assentamentos?
Gilmar Mauro: A maioria das áreas desapropriadas estão em condições precárias, já foram destruídas ambientalmente e a fertilidade do solo é muito baixa. Um assentado, ao entrar numa área dessa, além de estar descapitalizado, precisa, logo no primeiro momento, investir na recuperação do solo. E não há nenhum tipo de recurso, crédito, para esse tipo de investimento. Então, o investimento é arcado pelas próprias famílias. No início dos assentamentos, a produtividade é baixa pela falta de recursos e, principalmente, pela precariedade da situação das terras.
ABr: Mas há recursos do Programa Nacional de Agricultura Familiar para isso, não?
Gilmar Mauro: No último período melhorou a situação dos créditos, mas ainda não é o ideal. Ela não tem produção em escala e, por isso, tem dificuldade. Em todo o mundo a pequena agricultura é subsidiada e, no caso brasileiro, devia ser também. Nós queremos melhorar a situação dos créditos, além de um volume maior, as condições precisam ser modificadas. Para ser considerado um assentamento, a área deveria ter estrada, escola, luz elétrica, casa, recuperação do solo e assim por diante. O que acontece é: quando se estabelece o projeto já se considera assentamento, mas ainda com toda a precariedade.
ABr: E, com relação ao Congresso Nacional, a bancada governista é mais robusta, mas o MST já apontou que o número dos parlamentares ruralistas continua grande e eles estão entre os mais ricos. O que vocês esperam do parlamento?
Gilmar Mauro: Houve uma elevação dos parlamentares vinculados com o tema da reforma agrária. Isso é importante, é uma situação nova, diferente do último período. A Câmara dos Deputados, no entanto, continua altamente conservadora, mesmo o governo tendo maioria.
ABr: Que pautas serão acompanhadas pelo MST?
Gilmar Mauro: O Código Florestal é um tema que a sociedade deveria discutir muito melhor. É de fundamental importância e o que a gente espera é que não seja aprovado tal qual está. Seria um retrocesso, a abertura para que o agronegócio continue sua expansão de forma indiscriminada. Estou falando como cidadão desse país que está preocupado com o futuro da nossa agricultura, dos recursos naturais, da contaminação. Espero que o Congresso barre esse projeto para evitarmos consequências graves para o futuro da nossa agricultura e do nosso país.
ABr: O senhor expressa grande preocupação com a preservação, mas há dados sobre desmatamento nos assentamentos.
Gilmar Mauro: Nós temos esse problema também nos assentamentos, mas não é generalizado como se tenta dizer. A razão [dos desmatamentos] é simples: ocorre por falta de fiscalização do Incra, por falta de iniciativa do próprio Estado em resolver a situação de precariedade dos assentamentos. O MST não orienta a isso.
ABr: Há algo mais na agenda política que interesse ao movimento?
Gilmar Mauro: Em primeiro lugar, o índice de produtividade, que é uma vergonha. O agronegócio alardeia desenvolvimento tecnológico e quer manter os índices dos anos 1970? É uma contradição. A segunda coisa é o trabalho escravo que nos deixa numa situação delicada internacionalmente. É inadmissível que o Congresso não tenha aprovado ainda a PEC do Trabalho Escravo [Proposta de Emenda Constitucional nº 438] que aponta para o processo de desapropriação das terras. A terceira preocupação é com relação aos alimentos transgênicos. Além da soja, do milho, do algodão, há vários projetos de utilização de transgênicos que, possivelmente, entrarão em pauta no próximo período e que nos preocupa muito porque ainda não há estudos decisivos sobre o tema.
Da Agência Brasil

Drogas e armas são apreendidas em ação em Itatiba

21/02/2011

Operação das Polícias Civil e Militar em dois apartamentos resultaram na localização de drogas e prisão de duas pessoas


Uma operação das Polícias Civil e Militar resultou na detenção de duas pessoas e apreensão de drogas, armas e munições em Itatiba, na Região Metropolitana de Campinas (RMC). A ação aconteceu em cumprimento a mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Os policiais efetuaram a varredura no começo da manhã segunda-feira (21/02) em dois apartamentos do Condomínio Residencial Jatobá do CDHU.
Foram apreendidos em um dos apartamentos 4,6 quilos de maconha em blocos, 670 gramas de cocaína em pó, além de duas garruchas (armas de cano curto). Uma mulher foi detida neste local.
Segundo o capitão Eduardo Yassuy, comandante da 2º Companhia do 49º Batalhão, em um segundo apartamento foram apreendidos 540 pedras de crack, 350 flaconetes com cocaína, 110 'trouxinhas' (porções) de maconha, um revólver 38, além de munições de vários calibres, como 9 milímetros, 38, 22. Nesta residência estava um homem que já era procurado pela Justiça.

Policiais boicotam trabalho da imprensa em Campinas

Alguns policiais civis da cidade têm dificultado o acesso da imprensa aos boletins de ocorrências (B.O)

Alguns policiais civis de Campinas têm dificultado o acesso da imprensa aos boletins de ocorrências (B.O.). Eles se recusam a mostrar os registros, alegando que o delegado corregedor da Polícia Civil, Roveraldo Battaglini, determinou que as informações não fossem mais disponibilizadas para os jornalistas, sob pena de serem processados. A prática é praxe entre os veículos de comunicação que se valem dos documentos para obter informações de interesse público.
Neste domingo (20/02), a reportagem da Rede Anhanguera de Comunicação (RAC) teve dificuldade para consultar os boletins do 1º e 9º Distrito Policial (DP), sendo que neste último, os agentes não disponibilizaram os boletins obedecendo a determinação do delegado titular, Cássio Vita Biazolli.
No sábado, uma investigadora do 4º DP, mesmo com a autorização do delegado plantonista, Rui Pezolo, se recusou a entregar os BOs à jornalista, dizendo que não queria ser processada mais uma vez, em alusão às investigações sobre o vazamento de informações de um B.O, lavrado em julho do ano passado. O documento trazia informações sobre uma investigação de desvio de medicamentos e o possível envolvimento da mulher de Battaglini.
Na época, o boletim de ocorrência foi filmado por uma emissora de TV paulista e as imagens, com o nome da mulher dele, foram ao ar. Depois do episódio, Bataglini entrou com uma representação junto a Corregedoria de São Paulo, contra pelo menos 46 policiais civis - inclusive delegados - por violação de sigilo funcional. O processo também foi encaminhado para a 2ª Vara Criminal de Campinas.
Entre os dias 8, 9 e 11 deste mês, 16 policiais de Campinas tiveram que se explicar à corregedoria sobre a razão de terem acessado o boletim de ocorrência. 'Eu vi a reportagem na imprensa e não acreditei. Então consultei o BO, imprimi, li e depois rasguei e joguei fora' , contou um investigador que pediu para não ser identificado.

Em outros plantões, apesar da liberação dos boletins, os agentes da polícia civil fizeram questão de frisar sobre a medida do delegado corregedor. A reportagem entrou em contato com pelo menos 4 delegados de Campinas e um de São Paulo, mas eles não quiseram comentar sobre a decisão de Bataglini.

Na representação de Bataglini, segundo agentes civis, ele teria alegado que a divulgação do nome da esposa dele pela imprensa manchou o nome de sua família. A justificativa seria de que os boletins de ocorrência não são públicos e não podem ser acessados pela imprensa.

De acordo com o delegado seccional de Campinas, José Carneiro Rolim Neto, não há nenhuma determinação oficial sobre a proibição do acesso aos boletins de ocorrência pela imprensa, mas, que ele, como responsável pelas delegacias da cidade, também não incentiva a prática. Já que para ele, os B.Os não são documentos públicos.
'Não vou determinar que mostrem, nem vou impedir. Fica a cargo de cada delegado, que depois deverá assumir as consequências' , afirmou. Ele também reconheceu que esta é uma prática comum e que as informações são necessárias para a composição das notícias jornalísticas. 'Os delegados deveriam instruir os escrivãos a redigir um resumo dos fatos para a imprensa' , disse.

Funcionários da Seara entram em greve

Trabalhadores dizem que médicos não aceitam atestados de postos de saúde
21/02/2011

Cerca de 500 funcionários da unidade de operação de produção e armazenagem de alimentos industrializados da Seara, em Jaguariúna, entraram em greve nesta segunda-feira (21). Segundo o sindicato que representa a categoria, o motivo da paralisão é a suspensão de alguns diretos por parte do departamento médico da indústria, que não reconhece mais o atestado emitido pelos postos de saúde.
Por conta disso, os funcionários têm os dias de afastamento descontados. Ainda segundo o sindicato, cerca de 1/3 do quadro dos trabalhadores sofrem de LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e de problemas respiratórios por trabalharem em câmara fria.
Outra reclamação da categoria é que parte dos funcionários exercem função diferente da registrada na carteira de trabalho.