sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Megaoperação prende 22 policiais acusados de elo com crime

11/02/2011
Segundo a polícia, até o início da tarde 30 pessoas haviam sido presas
A megaoperação da Secretaria Estadual de Segurança Pública e da Polícia Federal deflagrada no Rio na manhã desta sexta-feira (11) já prendeu 30 pessoas, sendo 22 policiais. A ação investiga o envolvimento de policiais com traficantes, milícias e a máfia dos caça-níqueis. Eles receberiam propina para passar informações de operações a criminosos e venderiam material apreendido. Entre as apreensões desviadas estaria parte do que foi encontrado no Conjunto de Favelas do Alemão, em novembro do ano passado.
Para chegar aos suspeitos, a polícia contou com a ajuda de informantes, escutas telefônicas, fotografias e filmagens. A ação conta com 580 agentes e visa cumprir 45 mandados de prisão e 48, de busca e apreensão, em bingos, residências e estabelecimentos comerciais. Com lanchas, agentes também fazem buscas na Baía de Guanabara atrás de corpos de possíveis vítimas de milícias. Entre os procurados, 30 são policiais civis, militares e delegados.
"O objetivo primário da operação é alcançar policiais que vazam informações a grupos de criminosos. Em 2009, uma operação tinha objetivo de prender um dos líderes da Rocinha. A operação vazou e o vazamento foi investigado. A partir de uma prisão, a PF conseguiu avançar na investigação o que gerou a Operação Guilhotina", explicou o superintendente da PF, Angelo Fernando Gioia, em entrevista coletiva na sede da PF nesta manhã.
Segundo o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, entre os investigados na ocasião estavam 10 homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Ele lembra ainda que uma pessoa presa em Macaé acabou servindo de testemunha.
"Não vou abrir mão de qualquer tipo de parceria, de quem quiser me ajudar. O problema do Rio é antigo e sério e, graças a Deus, temos encontrado parceiros e acredito ter dado respostas à sociedade. Se eu fizesse sozinho, prenderia 9,10,11 pessoas. Polícia nenhuma do mundo vira a página enquanto tiver em seus cargos esse tipo de gente", resumiu Beltrame.
Delegado envolvido
Em nota oficial, a prefeitura do Rio anunciou nesta manhã que vai exonerar o delegado Carlos Oliveira, que, há pouco mais de um mês, assumiu a subsecretaria de Operações da Secretaria Especial da Ordem Pública. Ele é um dos procurados na operação.
"Ele ja tinha saido da policia. A situação dele está posta e está muito ruim. O que mais interessou foi saber quem estava fazendo. Se vendeu um ou 10 fuzis, a gravidade é a mesma", disse Beltrame, que disse não saber especificar o que ele fazia.
A delegada Márcia Becker chegou à sede da PF nesta manhã para prestar esclarecimentos. Ela era titular da 22ª DP (Penha) durante as ações na Vila Cruzeiro e no Alemão, em novembro do ano passado, e já esteve à frente da Delegacia de Repressão a Armas e Entorpecentes (Drae) e da 17ª DP (São Cristóvão). No início da ação, agentes vasculharam armários das delegacias da Penha e de São Cristóvão. De acordo com a Secretaria, os agentes procuraram, sobretudo, materiais que podem reforçar as acusações contra os suspeitos.
O chefe de Polícia Civil do Rio, Alan Turnowski, foi chamado nesta manhã para prestar esclarecimentos sobre as investigações. De acordo com a Secretaria, a ação foi comandada pelo órgão e Turnowski pode ajudar nos trabalhos. Em entrevista, Beltrame reiterou a confiança em Alan Turnowski.
Investigações
Segundo a Secretaria, a ação teve início em 2009, quando agentes tentavam prender o traficante Roupinol, comparsa do traficante Nem, na Rocinha. Na ocasião, policiais do estado do Rio atuaram junto com agentes da Polícia Federal de Macaé, no Norte Fluminense, depois de um vazamento de informações.
Com três testemunhas e um farto material, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, chegou a ir a Brasília pedir à chefia da Polícia Federal que fosse feita uma parceria entre as forças de segurança, já que a PF também havia participado da operação conjunta há quase 2 anos e seguia investigando o grupo.
Participam da ação desta sexta, além de policiais federais e agentes da Secretaria, a Corregedoria Geral Unificada e o Ministério Público Estadual.

PF de Araçatuba prende quadrilha que trazia munições e armas de alta potência para a região

Com o grupo, foram encontrados diversas armas e mais de 400 munições

Uma quadrilha suspeita de tráfico de armas e drogas foi presa em Araçatuba. Quatro homens prestaram depoimento na base da Polícia Federal nesta sexta-feira.

Foi por meio de uma denúncia anônima que as polícias Federal e Militar chegaram à quadrilha. Quatro homens foram presos em um bairro na periferia de Araçatuba. Um deles já vinha sendo investigado por tráfico de drogas e, nos últimos meses, estaria envolvido com o transporte de armas.

Com o grupo foram encontrados: uma pistola de nove milímetros, dois carregadores, um revólver de alta potência, mais de 400 munições para armas de grosso calibre e um fuzil com o símbolo do exército argentino, o que indica que a arma pode ter sido roubada, Todo o material estava escondido em um carro que também foi apreendido. As armas e a munição foram encontradas na lataria do veículo.

Segundo a polícia, o material apreendido foi contrabandeado do Paraguai e seria distribuído em cidades da região Noroeste do Estado. Todas as armas e munições são de uso restrito das forças armadas.

Polícia Rodoviária Federal apreende carregamento de alucinógeno em Ourinhos

A droga, conhecida como key, é vendida em raves

A Polícia Rodoviária Federal apreendeu em Ourinhos um carregamento de anfetaminas, de efeito alucinógeno, usadas em raves. A mercadoria estava em um carro com três pessoas, que saiu de Foz do Iguaçu com destino a São Paulo.

Dentro do tanque de combustível, a polícia encontrou 96 frascos de Ketamina, um remédio de uso exclusivo veterinário, que em humanos tem efeitos alucinógenos. A droga é conhecida nas raves por "key".

Também foram encontrados 80 comprimidos de estimulante sexual e oito frascos de anabolizantes, todos de fabricação paraguaia. O dono das mercadorias foi ouvido pela polícia, liberado, e vai responder por crime de adulteração de medicamentos.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Polícia apreende 23 quilos de cocaína em Florínea

A droga estava com um casal do Paraná

Mais de 23 quilos de cocaína foram apreendidos durante a noite na base da Polícia Rodoviária de Florínea. A droga estava com um casal do Paraná. O carro em que o homem de 33 anos e a mulher, de 21, estavam foi parado pouco depois de ter cruzado a divisa do estado.

Durante revista, os policiais notaram um fundo falso no porta-malas do veículo. No compartimento foram encontrados 22 pacotes de cocaína e com os acusados, foram apreendidos ainda R$1.300,00 em dinheiro e dois celulares.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Guarda Civil Municipal de Itu faz maior apreensão de droga desde o começo do ano



Mais de 5 kg entre cocaína e crack são apreendidos com um casal
Toda a mercadoria estava na residência do casal

Por meio de denúncia anônima, pelo telefone 199, equipes da Guarda Civil Municipal de Itu localizaram uma residência no bairro Cidade Nova, onde encontraram um casal que possivelmente comercializavam droga na região. Com o casal, os guardas municipais apreenderam 5 kg e 400 g entre cocaína e crack. Também foram apreendidos balança de precisão, aparelhos eletrônicos, dvds, fitas adesivas e embalagens para o entorpecente.

Os dois foram presos em flagrante e devem responder por tráfico de droga. Se condenados, a pena pode chegar a 15 anos de prisão. Com esta prisão, a Guarda Civil Municipal de Itu soma mais de 7 kg de droga apreendidas em apenas uma semana na cidade.

Stédile: 'abril vermelho' não será abandonado

O líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile, avisou hoje que as atividades do chamado ''abril vermelho'' não serão abandonadas no início do governo da presidente Dilma Rousseff. Para o líder do MST, sem o carisma e a história do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em sua gestão Dilma terá necessariamente de criar uma inter-relação maior com as forças organizadas da sociedade.
Conforme Stédile, o decreto sancionado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que estipulou 17 de abril - data do massacre de Eldorado de Carajás (PA), em 1996 - como o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, tornou a jornada do MST "uma obrigação". Na interpretação do líder sem-terra, a mobilização, que inclui invasões, está amparada em "lei" por causa do decreto presidencial.
"Passados esses 15 anos, até hoje, infelizmente, nenhum responsável por aquele massacre foi punido ou preso. Todos estão livres e alguns, inclusive, foram condecorados na carreira", observou, após palestra na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). "Então, é uma obrigação, é lei, nós, ao redor do 17 de abril, fazermos luta pela reforma agrária. O MST vai se organizar em todo País para que naquela semana tenhamos mobilização que signifique luta pela reforma agrária, agora protegidos por uma lei".
Stédile participou na UFJF do encerramento do curso de especialização em Estudos Latino-Americanos, oferecido em parceria entre a universidade, o MST e a Escola Nacional Florestan Fernandes. Segundo ele, as forças sociais que apoiaram a eleição de Dilma são atualmente mais amplas do que as que apoiaram o governo Lula, que, por sua trajetória histórica e carisma, tinha uma relação direta com as massas.

Novo grupo de sem-terra invade fazenda em Avaré-SP

Um novo grupo de luta pela terra, que se autodenomina Radicais e Livres, estreou no cenário da reforma agrária paulista com a invasão ontem de uma fazenda de 380 hectares em Avaré (SP). É a 27ª fazenda invadida desde o início do ano no Estado. Os líderes mobilizaram 70 famílias - cerca de 150 pessoas, incluindo mulheres e crianças - para ocupar a propriedade que, segundo o coordenador Fábio Júnior, o "Baixinho", estava abandonada. Os sem-terra acamparam ao lado da sede e passaram a controlar o portão de entrada.
A Fazenda Tarsul, no bairro Barra Grande, tem uma plantação de eucaliptos que pertenceria à indústria Eucatex, da família do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP). O administrador Farid Antonio de Barros procurou a Polícia Civil para registrar a invasão, mas, até o final da tarde de hoje não tinha entrado com pedido de reintegração de posse.
Segundo o líder, a fazenda é improdutiva e já foi vistoriada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária a (Incra). "Aqui só tem eucalipto e os donos não aparecem há vários anos". A superintendência do Incra em São Paulo informou que somente depois de analisar se a fazenda é ou não produtiva a área poderá ser destinada à reforma agrária.
O movimento Radicais e Livres só é radical no nome, segundo o Fábio Júnior. "Nossa linha é independente e sem violência. Somos contra a depredação e procuramos não estragar nada", afirmou. Segundo ele, os integrantes são procedentes da região de Iaras e já fizeram parte do Movimento dos Sem-Terra (MST). "Nosso pessoal não estava contente com o MST e decidiu criar um movimento próprio". Ele disse que outras fazendas improdutivas da região estão na mira. "Vamos ocupar e forçar o governo a fazer a reforma agrária. Avaré é um município grande e ainda não tem assentamento", acrescentou.

Líder do MST, José Rainha Júnior acerta trégua nas invasões com o governo

Movimento promoveu 38 invasões no Estado de SP em janeiro
Após audiência de mais de uma hora na tarde de hoje com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, o líder de uma ala dissidente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), José Rainha Júnior, aceitou uma trégua nas invasões que sua facção promove desde janeiro na região do Pontal do Paranapanema, em São Paulo. Ele entregou ao ministro uma pauta de sete pontos para acelerar as desapropriações na região.

Os tópicos principais são a federalização das ações fundiárias e a eliminação da interferência do governo Geraldo Alckmin (PSDB), o qual reputou no documento como "Estado antirreforma agrária". Os outros pontos tratam de créditos, investimentos e benefícios sociais para os assentamentos.

Durante o chamado "janeiro quente", o MST promoveu 38 invasões de terras na região do Pontal, 26 delas lideradas pela facção de Rainha. A trégua se estenderá até o mês de março, para que o novo governo estude sua proposta destinada "a acelerar a reforma agrária e pacificar a região". O plano prevê que o governo federal libere recursos para indenização das terras mapeadas para reforma agrária na região do Pontal e que a seguir o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) assuma as ações para assentamento dos sem-terra.

O MST, segundo Rainha, tem mapeadas 42 áreas públicas em via final de desapropriação no Pontal, que somam 92 mil hectares, suficientes para o assentamento de 5 mil famílias. A medida, a seu ver, aliviaria a tensão existente na região, enquanto tramitam na Justiça os processos para desapropriação de um estoque de 350 mil hectares de terras na região.

As terras em questão ficam nos municípios de Teodoro Sampaio e Euclides da Cunha. Nesse período de trégua não haveria novas ocupações. "Mas em abril, mês tradicional de lutas, a situação pode mudar se as negociações não prosperarem", avisou. Rainha disse que saiu da reunião com boa impressão do ministro e com a sensação de que a política adotada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de tolerância e não criminalização dos movimentos sociais, será mantida no governo Dilma.

"Senti que há compromisso do governo em priorizar a agricultura familiar, promover os assentamentos e desapropriações de terras para a reforma agrária", afirmou. Segundo ele, o tom amigável com que o movimento foi tratado no governo Lula não mudou. "Somos aliados do Lula e vamos continuar a aliança com Dilma", disse. "Nós temos um lado e o nosso inimigo é o PSDB, um partido que não tem compromisso com a reforma agrária e promove a repressão dos trabalhadores sem terra", acrescentou.