segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ribeirão Preto: usuários do transporte coletivo pagarão R$0,20 a mais por passagem

Quem usa duas passagens por dia terá gasto de R$8 a mais por mês

O transporte coletivo está mais caro a partir desta segunda-feira (1º). Os mais de três milhões de usuários mensais do transporte coletivo vão pagar R$0,20 a mais por passagem em Ribeirão Preto. O bilhete único sofreu reajuste de R$2,40 para R$2,60 e o integrado passa de R$ 2,60 para R$ 2,80.

Os aumentos, 8,33% para bilhetes únicos e 7,69% para o integrado, foram aprovados na última sexta-feira (29), 21 dias após pedido de reajuste ser protocolado pelas empresas Turb, Rápido D'Oeste e Transcorp, responsáveis pelo transporte da cidade. 

O pedido foi analisado pela Contur, Conselho Municipal e prefeita Dárcy Vera e está quase abaixo do pedido pelas empresas comissionadas, que queriam aumentar em 15% o valor das passagens, subindo para R$ 2,76. Este valor estava baseado no cálculo total da planilha de custos do Sindicato. 

Segundo o Sindicato Patronal, o valor final é referente ao aumento de diversas diretrizes: salário dos motoristas (9,5%), valor na compra de veículos novos (17%), combustível (4,5%), fiscalização e ISS (4%) e mão de obra (9,5%).

Em 2010, os patrões reivindicaram R$ 2,45, mas a empresa de trânsito autorizou R$ 2,40. Em 2009, a tarifa calculada pela Transerp foi de R$2,35 e fechada em R$2,30. O valor de R$ 2,76 é baseado no cálculo total da planilha de custos do Sindicato e poderá ser arredondado, para mais ou para menos, para facilitar o troco. 

A Transerp disse em ano que a nova tarifa é uma das menores do Estado de São Paulo em comparação com cidades do mesmo porte habitacional.

Em 2010, a reivindicação do valor foi de R$ 2,45, mas a empresa de trânsito autorizou R$ 2,40. Em 2009, a tarifa calculada pela Transerp foi de R$2,35 e fechada em R$2,30. A frota de ônibus de Ribeirão Preto, que hoje é de 312 veículos, recebeu 29 unidades novas no último ano. Circulam pela cidade 75 linhas, além do “Leva e Traz” que é custeado pelas empresas. São, segundo o Sindicato, cerca de três milhões de passagens por mês. 

Mais gastos
Os usuários do transporte coletivo que utilizam os ônibus cinco vezes por semana, ida e volta, gastarão R$ 8 a mais por mês. São R$96 por ano, valor referente a mais de um terço do valor de uma cesta básica no estado de São Paulo (R$ 268,52 segundo último levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - Dieese).

Para a vendedora Roberta Adriana Valim Rossi, 31 anos, o valor dobra. Ela tem que usar quatro passagens de ônibus por dia e desembolsará R$16 a mais por mês, R$192 por ano. “Não acho justo pagarmos pelo aumento de salário dos motoristas se saímos perdendo com problemas como superlotação, falta de ônibus etc”, reclama.

Usuários reclamam
Problemas com atrasos, superlotação e falta de ônibus são os mais comuns. "É um caos o Ipiranga e o Ribeirão Verde, tem pessoas quase saindo pelas janelas. Infelizmente é sempre a população quem paga”, escreveu a internauta Renata no site do EPRibeirão. "O transporte coletivo de Ribeirão Preto é péssimo. Não há ônibus suficiente, não há integração com os bairros. Muito caro para uma péssima prestação de serviço”, comentou também a internauta Daniela.

“Seria válido se o sistema de transporte fosse melhor, mas não é. Às vezes passo de duas a três horas para chegar a algum lugar. Muitas pessoas se preocupam, além do preço, com benefícios”, reclamou a auxiliar de marketing Lilian Flávia Magalhães.

O internauta Aislan reclama que pega ônibus sucateados. “Os ônibus quebram a todo momento. Um amigo meu foi puxar a corda para descer no ponto e a mesma saiu em sua mão. Isso é decepcionante e frustrante”, escreveu.

Segundo o presidente do Sindicato Patronal, Luis Gustavo Guimarães Vianna, corredores exclusivos para ônibus resolveriam o problema. "Os ônibus têm GPS, então sabemos que eles estão atrasados. Atribuímos os atrasos ao trânsito. Não adianta colocarmos mais ônibus nas ruas se não existem corredores exclusivos para dar mais agilidade", explicou.

EP Ribeirão

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