quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Trabalhadores de estatal paulista prometem greve caso governo não pague PLR

São Paulo – Em assembléia realizada na manhã desta quarta-feira (27), os trabalhadores da Fundação para o Remédio Popular (Furp) aprovaram greve caso o pagamendo correspondente à participação nos lucros ou resultados (PLR) não seja depositado. Os valores estavam previstos para setembro, mas não foram efetuados até agora.
O Sindicato dos Químicos de Guarulhos acusa a estatal paulista de descumprir a convenção coletiva. A fábrica produz parte dos medicamentos que abastecem as farmácias do programa Dose Certa. As unidades também podem aderir à paralisação.
Novas assembleias serão realizadas nos diferentes turnos para a apreciação de todos os trabalhadores. O sindicato, a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Fequimfar) e Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico (CNTQ) estão mobilizados para eventual prosseguimento legal que o caso requer.

Operação policial prende 61 pessoas na região de Campinas

27 de outubro de 2010

Uma operação da Polícia Civil prendeu 61 pessoas na terça-feira em 4 cidades da região de Campinas, interior de São Paulo. As prisões ocorreram em Indaiatuba, Paulínia, Valinhos e Vinhedo e reuniu 170 policiais.
Entre os presos estavam 35 procurados pela Justiça. Durante a ação, a polícia apreendeu 20 mil CDs e DVDs piratas, 19 máquinas caça-níqueis, 19 veículos, duas armas e porções de maconha, cocaína e crack.

Metalúrgicos na luta pelo aumento real em Sertãozinho


Diante da intransigência dos grupos patronais nas negociações da Campanha Salarial 2010, a Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo e a Central Força Sindical, com o apoio da CNTM, paralisaram nesta quarta-feira, 27 de outubro, em Sertãozinho-SP e região, 20 fábricas com cerca de 10 mil trabalhadores. A data-base da categoria é 1º de novembro.

A Federação, que congrega 54 sindicatos e representa cerca de 800 mil trabalhadores, juntamente com a Força Sindical, mobilizou 400 dirigentes sindicais de todo Estado de São Paulo na luta por aumento real decente e ratificação de cláusulas importantes da pauta de reivindicações como a obrigatoriedade de negociação da PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados), o combate à terceirização e a garantia de emprego ao trabalhador acidentado, entre outras não menos importantes cláusulas.

"Exigimos um reajuste salarial decente, que seja coerente com o crescimento da economia e dos lucros das empresas, senão vamos fazer greve em todo o Estado de São Paulo", ressalta Cláudio Magrão, presidente da Federação.

A luta da Federação foi reforçada e ampliada com o apoio da Força Sindical e a presença de Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da central. "Trabalhador não é bobo. Se a classe patronal vier com proposta de aumento real de 2,5%, vamos intensificar as paralisações e partiremos para greve geral na categoria", destaca.

Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e vice-presidente da Força Sindical, também presente à mobilização, destacou a importância histórica da categoria metalúrgica para os avanços políticos, sociais, econômicos e trabalhistas no País.

“Os metalúrgicos lutaram e ajudaram na conquista, por exemplo, do 13º salário e da redução constitucional da jornada para 44 horas semanais. E continuamos hoje como uma categoria de vanguarda nas lutas e conquistas para toda classe trabalhadora brasileira. É crucial, portanto, a intensificação da atual Campanha Salarial 2010 em busca do aumento real, por intermédio da mobilização nas portas de fábrica e nas assembleias nos Sindicatos”, reafirma Miguel Torres.
Para Josinaldo José de Barros, o Cabeça, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, o ato em Sertãozinho é uma demonstração de força e unidade dos metalúrgicos. Ele ressalta: “Reunimos todos os Sindicatos, a Federação e a Força Sindical. Paramos as fábricas do setor de máquinas. Demos um recado à classe patronal de que exigimos proposta decente para o salário da categoria”.

Fonte: Ricardo Flaitt, Alemão Assessor de Imprensa da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Sindicato para BB de Lençóis para cobrar extensão de plano de saúde


Lençóis Paulista – O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região/Conlutas paralisou na manhã de ontem até o meio-dia o atendimento na agência do Banco do Brasil em Lençóis Paulista (43 quilômetros de Bauru) para exigir que a instituição estenda seu plano de saúde aos funcionários que antes faziam parte do banco Nossa Caixa. O BB conta que está realizando estudo para analisar a viabilidade da medida.

A Nossa Caixa foi incorporada pelo BB em novembro de 2008 e seu CNPJ extinto um ano depois. “Isso significa que, em novembro do ano passado, a Nossa Caixa morreu como instituição. Mas os bancários que lá trabalhavam continuaram vivos, firmes e fortes. Resta saber até quando, já que o Banco do Brasil parece tê-los abandonado”, alega o sindicato.

Segundo o órgão, o antigo plano de saúde da Nossa Caixa, o Economus, está com seus dias contados. “Os profissionais se descredenciaram e, em cidades como Lençóis Paulista, os assistidos ficaram sem atendimento médico”, diz. O sindicato dos bancários garante que, se nenhuma providência for tomada, serão feitas novas paralisações em agências da região.

Por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, o BB informou que todos os funcionários do Banco do Brasil são cobertos pelo plano de saúde Cassi e que aqueles vindos da Nossa Caixa continuam sendo atendidos pelo Economus, sem alteração no atendimento prestado.

“Com relação à extensão do plano Cassi, o processo está em fase de estudo, uma vez que é necessário acordo com os associados, entidades representativas dos funcionários e cumprimento de exigências legais”, afirma.

PM localiza casa cheia de droga no São Fernando



Policiais militares do 35º Batalhão apreenderam maconha e cocaína, além de munições variadas, em Campinas.

Cosmo

Policiais militares de Campinas encontraram drogas escondidas em uma casa do Jardim São Fernando, na região Sudeste da cidade. Os PMs do 35º Batalhão chegaram à casa da Rua Serra do Tucano após receberem informações sobre ação de traficantes. Foram apreendidos maconha e cocaína, além de arma e munições de vários calibres.

Produtores se organizam contra investida do MST em SP

JOSÉ MARIA TOMAZELA

Produtores rurais da região de Bauru reúnem-se na quinta-feira para discutir uma forma de reagir legalmente à investida do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) sobre as fazendas da região centro-oeste do Estado de São Paulo, que está na mira do movimento desde que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) revelou a existência de mais de 40 mil hectares de terras que seriam públicas, entre os municípios de Bauru e Iaras.
O MST aguarda o segundo turno das eleições para intensificar as ações, segundo o presidente do Sindicato Rural de Bauru, Mauricio Lima Verde Guimarães. "Falam de uma lista com o nome das fazendas que serão invadidas", disse.
Ele conta que foi procurado por agricultores e pecuaristas que já tiveram propriedades ocupadas ou estariam na lista do MST. Desde fevereiro, 18 propriedades rurais foram ocupadas na região, a última, a menos de 20 dias - os invasores ainda permanecem na área. Além do MST, participam das ações integrantes da Federação dos Agricultores Familiares (FAF) e de grupos independentes.
De acordo com Guimarães, os fazendeiros pretendem discutir os instrumentos jurídicos que podem ser acionados em caso de invasão. "Já temos apoio da Polícia Militar (PM) através de patrulhas que percorrem diariamente cerca de 250 quilômetros de estradas."
A ação policial foi necessária em razão de supostas ameaças de sem-terra contra fazendeiros. Há um mês, as cercas da fazenda Ribalonga do Faxinal foram cortadas em vários pontos e o gado fugiu. O pecuarista Eduardo Lourenço Pinto, de 82 anos, foi obrigado a transferir a família para a cidade.
Os ruralistas pretendem pedir também ações rápidas da Justiça para retirar os sem-terra em caso de ocupação. O sítio Santa Marina, do produtor Antonio Aversa Neto, invadido por dissidentes do MST no dia 6 de agosto de 2009, só foi desocupado ontem, 445 dias depois. O produtor, que disse ainda ter pago o transporte para os sem-terra saírem da área, vai entrar com processo contra a União.

Metalúrgicos fazem manifestação e ameaçam entrar em greve


Os metalúrgicos de Mogi realizarão hoje (26)uma manifestação em frente à empresa Valtra, na rua Capitão Francisco de Almeida, em Brás Cubas. Cerca de 15 mil funcionários do setor, dirigidos pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Miguel Torres, ligado à Força Sindical, devem se manifestar em prol de suas reivindicações discutidas na semana passada na capital. De acordo com Torres, caso as propostas de aumento real sejam negadas, a primeira semana de novembro será marcada pelo início da greve geral dos metalúrgicos.

A categoria pede aumento de 10%, mais o ajuste de inflação, que ainda não foi definido. "Se não tivermos uma proposta satisfatória, faremos greve", afirmou Torres, categórico, esperando que os representantes das empresas patronais apresentem novas propostas.
Na quinta-feira, o sindicato se reuniu com representantes e um dos grupos ofereceu aumento de 2,5%, mais ajuste da inflação, que seria em torno de 7%, o que foi recusado.
O presidente do sindicato afirmou ainda que uma greve agora seria prejudicial. "Estamos em pico de produção. Há muitos pedidos para atender e horas extras para os metalúrgicos cumprirem", explicou. Para ele, a participação dos metalúrgicos na recuperação do Brasil pós-crise foi de suma importância e, por isso, é necessário que a categoria seja beneficiada por suas reivindicações. "Procuramos ao máximo o entendimento, para que não haja greve".
De acordo com o gerente-regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Manoel Camanho, a ação manifestante de hoje será para informar as negociações e não há risco de greve. "Legalmente, só é permitido haver greve caso não haja negociação entre as partes, o que não é o caso", disse Camanho. "Como ainda não há valores definidos para a inflação, nenhuma proposta foi apresentada regionalmente", acrescentou.