quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Após quase três meses, peritos do INSS encerram greve


Durante o movimento, estavam sendo feitos em média 100 atendimentos por dia, quase metade dos efetuados normalmente

Terminou nesta quarta-feira (15) a greve dos peritos do INSS, iniciada em 22 de junho. Quem foi prejudicado pelo movimento espera agora resolver a situação.

Depois de uma cirurgia, o metalúrgico Rafael Ferreira não conseguiu passar pela perícia do INSS por causa da greve. Já são dois meses sem receber salário. “Eu não pedi para ficar doente, dadas as circunstâncias, sem dinheiro, está tudo atrasado”, contou.

Em São José dos Campos, foram 80 dias de atendimento com apenas metade do quadro de médicos. Entre as reivindicações estavam a reestruturação da carreira e segurança no trabalho.

O movimento foi considerado legal pelo Superior Tribunal de Justiça, mas na última segunda-feira (14), eles mudaram a opinião. “A greve acabou até o jurídico dar uma parece para gente de como vai ficar, porque a gente não quer prejudicar a população”, explicou a delegada regional de peritos, Margarete Queiroga .

Durante a greve eram feitos em média 100 atendimentos por dia, enquanto que o normal são 180. Segundo a delegada regional da Associação Nacional dos Médicos Peritos, em 60 dias, o atendimento deve ser normalizado.

Refinaria de cocaína é desmontada em Campinas



Também foram encontrados em um barraco ácido, usado para ser misturado à cocaína e balança de precisão.

15/09/2010

Adagoberto Baptista

Agência Anhanguera de Notícias |

Segundo policiais militares, o barraco onde era montada a refinaria fica próximo de um córrego, o que facilita a fuga dos bandidos

Uma refinaria de drogas foi desmontada por policiais militares do 35º Batalhão, na noite de terça-feira (14/09), em Campinas. Durante a ação, na Rua Joaquim de Faria, no Jardim São José, área Sul da cidade, foram apreendidos cerca de 500 flaconetes com cocaína e crack e 12 porções de maconha.

Também foram encontrados em um barraco ácios sulfúrico, usado para ser misturado à cocaína, balança de precisão e liquidificador, como também aproximadamente 3 mil microtubos plásticos usados para embalagem de entorpecente, mas vazios. Não ocorreram prisões.

Segundo policiais militares, o barraco onde era montada a refinaria fica próximo de um córrego, o que facilita a fuga dos bandidos. Um rapaz, que era “olheiro” (a pessoa que fica à espreita para os traficantes) percebeu a chegada de viatura da Polícia Militar e por rádio informou aos comparsas. Todos correram. O rádio foi deixado para trás.

Inversão de valores

Merval Pereira

O mais grave que está acontecendo no país não é nem mesmo o inacreditável vale-tudo em que se transformou a campanha presidencial, mas a banalização das atitudes mais perniciosas do governo nesses últimos anos, especialmente após o episódio do mensalão em 2005, e de maneira mais acentuada no segundo mandato do presidente Lula.
São praticamente oito anos solapando as instituições do país, provocando ao final um anestesiamento na sociedade brasileira, que tudo justifica porque parte de um governo popular, aprovado por mais de 80% da população.
Como se a popularidade desse a qualquer governo o direito de ignorar leis, ou mesmo que as consequências benéficas desta ou daquela política social justificassem abusos de poder, ou os atenuassem.
O governo Lula está conseguindo transformar críticas em atitudes mesquinhas e antipatrióticas, e, assim como mistura o público com o privado, confunde o líder partidário com o poder do cargo de presidente da República, sem que a sociedade se indigne.
E quem critica esse abuso de poder político nunca antes visto neste país corre o risco de ser considerado um sujeito “do contra”, que não reconhece os avanços havidos.
Cada vez fica mais restrito o campo para as divergências, ao mesmo tempo em que se alargam os caminhos para o autoritarismo e a truculência do Estado.
Não foi por acaso que ontem mesmo o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu, novamente no papel de eminência parda, desta vez do eventual governo Dilma, criticou o “abuso do poder de informar” da imprensa.
O presidente Lula começou essa escalada autoritária depois que conseguiu escapar da crise do mensalão.
Entre o momento em que ele próprio disse que havia sido traído dentro do governo, até quando os petistas foram à tribuna do Congresso chorar literalmente de vergonha pelo que estava sendo exposto, houve no país uma indignação que poderia fazer a política andar para a frente, com reformas estruturantes e punição dos responsáveis pelo maior prejuízo institucional que o país já sofreu na História democrática recente.
Mas o presidente Lula, impossibilitado de enfrentar a crise que estava arraigada no seu partido e no seu governo, assumiu em entrevista dada em Paris a versão de que o mensalão não passava de caixa dois, prática normal na política brasileira.
A partir daí, a prometida apuração rigorosa passou a ser uma proteção desabrida de todos os envolvidos, e a promessa implícita de que ninguém sofreria prejuízos se todos se unissem num pacto de silêncio.
O presidente sistematicamente passou a mão sobre a cabeça dos aliados, fossem eles quem fossem, tivessem cometido qualquer tipo de crime.
Essa se tornou a regra do governo, como nas máfias, e acelerou-se no segundo governo Lula a montagem da máquina governamental a serviço dos “companheiros”.
A defesa intransigente de qualquer malfeito de aliados é a contrapartida do apoio cego, acrítico.
Lula não teme nenhum limite legal, desmoraliza o Judiciário como fez agora nesta campanha com o TSE, e se jacta de que pode ir para as ruas quando quiser para combater seus adversários.
Foi à televisão na condição de presidente da República para exercer o papel de cabo eleitoral de sua candidata, colocando o principal adversário como um antipatriota que não pensa no bem do país.
Repetiu na segunda à noite em Santa Catarina, quando, misturando mais uma vez o cargo que ocupa com seus interesses partidários, alegou que “em nome da minha honra e da honra do meu país” não perderá as eleições.
E acrescentou que estava fazendo hoje o que fez em 2005: “Vou às ruas para derrotá-los”.
Na verdade, essa ameaça de levar os movimentos sociais para as ruas para reagir ao possível pedido de impeachment nunca se concretizou, e Lula chegou mesmo a autorizar uma negociação para não se candidatar à reeleição em troca de poder terminar seu mandato.
Com a recuperação de seu prestígio graças aos bons ventos da economia mundial, Lula voltou a ser aquele líder dado a “bravatas”, como ele mesmo confessou que fazia quando esteve na oposição.
Inebriado com seu próprio sucesso, Lula foi adiante e, ao lado da sua candidata Dilma Rousseff, afirmou que o “DEM precisa ser extirpado” da política brasileira.
Seu rancor data ainda de 2005, quando, segundo acusou, a família Bornhausen tentou derrubá-lo do poder.
A gravidade desse episódio, além do fato de um presidente da República defender em público o extermínio de um adversário político, é que, anos antes, o então senador Jorge Bornhausen havia provocado em Lula e nos petistas um aparente sentimento de estupor quando disse que na eleição de 2006 o país precisava “se ver livre dessa raça por 30 anos”.
Foi chamado de tudo: “fascista”, “direitista”, “adepto das ditaduras militares”, “explorador e assassino de trabalhadores”.
Assim como na segundafeira, foi acusado de representar a “direita raivosa”. Bornhausen alegou na ocasião que usou “esta raça” com o sentido de grupo de indivíduos da mesma categoria, uma das definições de raça dos dicionários. Processou e ganhou quem o acusou.
Vem agora o próprio presidente Lula repetir o que condenara enfaticamente, com o agravante da posição que ocupa, e passa a se utilizar de palavreado e ameaças fascistas contra adversários políticos.
A truculência política do governo é tamanha que transforma as vítimas do aparelhamento do Estado, com a quebra de sigilos fiscais em série da família do candidato oposicionista, em exploradores com fins eleitorais.
E, montando uma farsesca investigação, permite que uma ministra acusada de tráfico de influência continue no cargo, utilizandose dele para atacar a oposição e proteger sua família.
Uma inversão total de valores republicanos que sinaliza para um futuro democrático incerto.

Bancários negociam hoje com Fenaban

Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC


A Fetec-CUT/SP (Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo) se reúne entre hoje e amanhã com a Fenaban (Federação Nacional de Bancos), a fim de discutir as cláusulas econômicas contidas na pauta de reivindicações da campanha salarial deste ano.
A categoria reivindica aumento real de 11%, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários, mais R$ 4.000 para cada funcionário, refeição e alimentação no valor de um salário-mínimo (R$ 510), piso salarial de R$ 2.157,88, além de previdência complementar para todos os trabalhadores.
Mobilizações - Ontem, o Sindicato dos Bancários do ABC percorreu as cidades de Santo André, São Caetano e São Bernardo para dialogar com os trabalhadores e usuários do sistema financeiro sobre o Dia Nacional de Luta por uma remuneração mais justa, mais dignidade e respeito aos bancários e bancárias de todo o País.
Segundo Belmiro Moreira, secretário de finanças do sindicato regional, a ideia é pressionar os banqueiros, que até o momento, se opuseram às cláusulas debatidas, inclusive as questões que envolvem emprego, condições de trabalho, segurança bancária e saúde do trabalhador.
"As reuniões anteriores foram frustrantes. A base patronal se opõe as nossas reivindicações. Amanhã (hoje), a negociação, certamente, não será fácil", enfatiza.
Moreira adianta que, caso não haja acordo digno para a classe trabalhadora, será convocada assembleia que decidirá por estado de greve da categoria.
O secretário geral do sindicato da região, Eric Nilson, compartilha da mesma opinião: caso os bancos mantenham a postura intransigente, "a categoria não terá alternativa senão entrar em greve", conclui.

Residentes e governo chegam a acordo e greve deve terminar nesta quarta

Paralisação começou dia 17 de agosto e já dura quase um mês
Do R7

Os médicos-residentes, que estão em greve desde 17 de agosto, devem encerrar a paralisação nesta quarta-feira (15), após a categoria e os Ministérios da Saúde e Educação chegarem a um acordo quanto ao reajuste da bolsa-auxílio.
Nesta terça-feira (14), a ANMR (Associação Nacional de Médicos Residentes), que comanda a paralisação, recebeu uma sinalização do governo de que aceita reajustar em 22% o valor da bolsa-auxílio, atualmente em R$ 1.916,45.
No início da greve, os residentes pediam 38,7% de reajuste, além de auxílio moradia e alimentação, a 13ª bolsa-auxílio, o cumprimento de jornada de 60 horas semanais, entre outras melhorias nas condições de formação. De acordo com a associação, o governo vai discutir essas reivindicações em um grupo interministerial.
Segundo o presidente da ANMR, Nivio Lemos Moreira Junior, o que indica o fim da greve é o avanço em relação à oferta inicial de 20%, além da garantia dos ministros José Gomes Temporão, da Saúde, e de Fernando Haddad, da Educação, de que os demais itens da pauta serão debatidos.
Para determinar o fim da greve, os residentes vão ainda realizar nesta quarta assembleias estaduais em todo o país, quando devem confirmar se aceitam o novo reajuste e se retomam as atividades. Após isso, o acordo será oficializado assim que a ANMR enviar um documento ao governo com a nova proposta, de 22%.

Operação da polícia prende 243 no interior de SP

Agencia Estado

A Polícia Civil prendeu 243 pessoas durante a Operação Sufrágio, deflagrada ontem em várias cidades da região de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. A ação envolveu 734 policiais e tinha o objetivo de combater furtos, roubo de veículos, tráfico de drogas, receptações e cumprir mandados de prisão.
Foram apreendidos 15 veículos, 4,6 quilos de drogas, sete armas e quase 13 mil objetos relacionados às práticas criminosas, como munição, balanças de precisão para pesagem de droga, cigarros contrabandeados, celulares e documentos de veículos roubados.
As cidades com maior número de prisões foram Araraquara (61), Barretos (36), Ribeirão Preto (33) e Franca (33). Também foram detidas pessoas em Bebedouro, São Joaquim da Barra, São Carlos, Sertãozinho, Monte Azul Paulista, Taiuva, Taiaçu, Vista Alegre do Alto, Pirangi, Terra Roxa e Viradouro.

Médicos peritos não retomaram os trabalhos ainda

Determinação foi do Superior Tribunal de Justiça
14/09/2010
EPTV

Uma determinação do Superior Tribunal de Justiça marcou para esta terça-feira (14) o retorno ao trabalho dos médicos peritos, que entraram em greve há cerca de três meses. A greve foi considerada ilegal e abusiva.
A assessoria de imprensa do INSS em Campinas informou que na cidade os serviços ainda não haviam voltado ao normal até o final da manhã. A Associação Nacional dos Médicos Peritos recomendou que todos os profissionais devem cumprir a decisão judicial e voltar ao trabalho. A categoria agendou uma nova assembléia geral para terça-feira (17). Se não voltarem, a associação pode pagar multa diária de R$ 50 mil. O INSS ainda pode punir os médicos com descontos nos salários.
A direção do INSS em São Paulo só vai divulgar um balanço no período da tarde.Nesta terça-feira, foi publicada pelo INSS a prorrogação do prazo para o cadastramento dos médicos peritos, que atuariam de forma temporária. O novo prazo é até o dia 21 de setembro

INCÊNDIO DESTRÓI MADEIRA EM FAZENDA


Polícia Civil investiga se foi criminoso fogo que atingiu área de eucalipto para produção de celulose no município de Iaras
Lilian Grasiela
Iaras – A Polícia Civil de Iaras (90 quilômetros de Bauru) está apurando as causas de um incêndio na noite de anteontem em uma fazenda de propriedade do Grupo Lwart. Além da queima de grande quantidade de madeira de eucalipto, que seria utilizada como matéria-prima na produção de celulose, os responsáveis pela propriedade teriam constatado no local a destruição de maquinários e pneus de tratores.

Segundo o delegado do município, Fabiano Ribeiro Ferreira da Silva, o incêndio na Fazenda Lagoa Rica, registrado apenas na tarde de ontem, destruiu uma área de 55 hectares, correspondente aos talhões (parte de terreno utilizada em determinada cultura) 49, 50, 53 e 54 equivalente a 55 campos de futebol. Nos próximos dias, a Polícia Técnica de Avaré será acionada para periciar o local e emitir laudo sobre o que teria ocasionado o início das chamas.

O delegado conta que, com base nas declarações de representantes da empresa, relatadas no Boletim de Ocorrência, não está descartada a hipótese do incêndio ter sido criminoso. “Eles falam que ali é uma área que está em litígio com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)”, afirma. “Eles teriam sido pressionados por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) sobre exploração da madeira, senão eles iriam atear fogo”.

De acordo com o delegado, em razão dos questionamentos sobre a titularidade da área atingida pelo incêndio na esfera judicial, ainda existem incertezas em relação à delegacia que teria a prerrogativa de investigar os fatos. “Se fosse do Incra, a gente remeteria à Polícia Federal porque a área seria da União”, explica. “Se for área de propriedade da Lwart, fica na Delegacia de Iaras mesmo”.

Paulo Beraldo, integrante do MST, declara que o incêndio pode ter ocorrido ocasionalmente ou intencionalmente, mas descarta a participação de membros do grupo no que ele chama de “prática criminosa”. “O MST não tem nenhum envolvimento direto e nem indireto com nenhuma prática desse tipo, que pode ser considerada prática criminosa”, diz.

“O movimento tem seus métodos, porém, nenhuma atitude criminosa seria cometida considerando que a gente vive com problemas ambientais sérios por parte das queimadas que estão acontecendo na região”.

A gerente de marketing corporativo do Grupo Lwart, Eliane Oliveira, declara que prefere aguardar a conclusão das investigações, mas diz que existem fortes indícios de que o incêndio na Fazenda Lagoa Rica tenha origem criminosa. “Começaram vários focos ao mesmo tempo, existe um veículo circulando nas imediações na madrugada, atacaram maquinário, furaram pneus de tratores, cortaram pneus”, afirma. De acordo com a gerente, além de consumir grande volume de madeira da floresta plantada de eucalipto, que já estava empilhada aguardando o transporte até a unidade de produção de celulose da empresa, as chamas atingiram uma área do Instituto Florestal Estadual, que faz limite com a propriedade. Os prejuízos ainda não foram calculados.

“Nós ainda estamos avaliando porque foi uma perda grande de volume de madeira colhida”, pontua. Oliveira revela que equipes do Grupo Lwart conseguiram controlar o fogo durante madrugada e início da manhã. Já na área do Instituto Florestal Estadual, que faz divisa com a fazenda, até o final da tarde de ontem, equipes do Corpo de Bombeiros de Avaré continuaram tentando conter as chamas.

LABORATÓRIO DE DROGAS É 'ESTOURADO' PELA POLÍCIA

Bargas Filho - editornet@liberal.com.br
15.9.2010 - 10:16



A Polícia Civil descobriu ontem em Sumaré um "laboratório" para produção e embalagem de dois tipos de droga, crack e cocaína, e encontrou no local uma adolescente de 17 anos que era dada como desaparecida desde julho deste ano. No "laboratório", que funcionava em uma casa no Jardim Maria Antônia, foi apreendido 1 quilo e 414 gramas de entorpecentes, sendo 846 gramas de cocaína e 568 gramas de crack, além de 2 quilos e 980 gramas de pó branco, que seria produto químico. Um rapaz de 20 anos, que alegou ser o namorado da garota, foi preso acusado de tráfico de drogas. A cocaína era armazenada em "tubinhos" de plástico preto, chamado de "embalagem cega", porque não permite ao comprador ver se existe a droga dentro do recipiente - os "tubinhos" comuns são transparentes.
"A descoberta desse laboratório é resultado de 15 dias de investigações que surgiram depois que recebemos informações anônimas sobre a existência dele no bairro", disse o delegado Luiz Carlos Gazarini, da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) de Americana. Ontem, os policias foram até a Rua Nice Maria Consulim, a antiga Rua 10, e surpreenderam o rapaz de 20 anos, que recebeu voz de prisão. Ele levou os investigadores até a casa onde estava o laboratório e apresentou à adolescente como sua namorada.
A residência de alvenaria, no número 482, tinha na pia da cozinha e em duas mesas, vestígios da produção de drogas de forma manual. Havia utensílios domésticos que eram usados. Além do pó branco, que os policiais acreditam ser bicarbonato ou xilocaína, havia dois litros de um líquido semelhante a éter. "Esses produtos serviam para a mistura", comentou o delegado.
Os policiais acharam 880 "tubinhos" pretos vazios. O total de cocaína apreendido estava em 382 "tubinhos" e em 46 "papelotes". O crack em uma pedra grande e outras 288
"pedrinhas". A "embalagem cega" foi uma novidade nas apreensões feitas pelos policiais da Dise na RPT (Região do Pólo Têxtil). A adolescente foi encaminhada para sua família. A mãe dela havia registrado uma queixa de desaparecimento na DDM (Delegacia da Defesa da Mulher) de Sumaré.

Polícia quebrou sigilo ilegalmente de mais de 400 mil a pedido da Petrobras


Três funcionários da estatal confessaram que pediam de 800 a 1.000 pesquisas de antecedentes criminais por semana aos policiais
Marcelo Godoy

Policiais de São Paulo quebraram ilegalmente o sigilo das fichas criminais de mais de 400 mil pessoas de 2000 a 2009 a pedido da Petrobrás. Essa é conclusão de inquérito policial da corregedoria da Polícia Civil que aponta delegados e funcionários da Divisão de Capturas como responsáveis pela violação do sigilo funcional, crime punido com até seis anos de prisão.
Três funcionários da estatal confessaram ao depor que pediam de 800 a 1.000 pesquisas de antecedentes criminais por semana aos policiais. As pessoas que tiveram a vida vasculhada seriam candidatas a um emprego na estatal ou em empresas terceirizadas contratadas por ela.
Os corregedores receberam uma lista de um dos funcionários da estatal com os nomes das pessoas que tiveram o sigilo quebrado entre janeiro de 2008 a julho de 2009. Há 70.499 pessoas na planilha, das quais 69.229 tiveram o sigilo violado. Como a média de vítimas era de 4 mil por mês, calcula-se que o total de atingidos possa chegar a 460 mil no período de 2000 a 2009.
A corregedoria investigava o caso desde 2009, quando o Estado revelou a existência da quebra do sigilo - na época, a suspeita era que a violação tivesse afetado 60 mil pessoas. A estatal confirmou ontem que pedia as pesquisas e informou se tratar de "prática corrente no meio corporativo".
O problema é que, para os corregedores, a prática configura crime e improbidade administrativa. Em seu relatório, o delegado corregedor José Ferreira Boucinha Neto afirmou que a ação dos policiais causou "prejuízo à administração pública e à milhares de pessoas que tiveram sua vida pregressa devassada de forma irregular e ilegal de modo a atender única e exclusivamente aos interesses empresarias da Petrobrás".
O inquérito com 7 volumes e 1.465 páginas foi encaminhado no dia 3 de setembro ao Ministério Público Estadual, que pode denunciar os policiais acusados na área criminal. O MPE também pode pedir aos acusados e à Petrobrás o ressarcimento de supostos prejuízos causados ao Estado e sua condenação por improbidade administrativa na área civil. Para quantificar o prejuízo com as pesquisas ilegais, a corregedoria pediu à perícia criminal um laudo contábil sobre esses gastos.
Uma lista com 1.200 nomes de pessoas foi apreendida dentro da Divisão de Capturas antes que seus antecedentes criminais fossem pesquisados para a Petrobrás. Dez funcionários da divisão denunciaram a quebra do sigilo e o desvio de funcionários do Estado para executar o serviço particular para a empresa.
Marcelo de Sá Dias, gerente de segurança regional do gabinete do presidente da Petrobrás, disse ao depor que "eram encaminhadas relações nominais de pessoas interessadas em manter vínculo empregatício com a empresa e outras que compõem o grupo, visando à pesquisa de antecedentes criminais".
Brindes. O gerente afirmou que, desde 2001, entregava aos policiais material de escritório, como papel, toner e cartuchos de impressoras. Também entregava "cestas de Natal e brindes" aos policiais. De 2005 a 2007, Sá Dias contou que "passou a fornecer, com autorização de seus superiores, passagens aéreas que deveriam ser utilizadas nas remoções de presos dentro dos Estados da União".
A corregedoria até agora não obteve a lista de presos que foram transportados. Os funcionários da estatal negaram que pagassem em dinheiro aos policiais. Os corregedores investigaram sete delegados de classe especial - o topo da carreira - que teriam conhecimento ou autorizado o que chamam de "parceria" com a Petrobrás.
Três delegados de classe especial e uma funcionária da Divisão de Capturas confessaram que mandavam fazer as pesquisas dos antecedentes criminais para a estatal. Eles contaram que dois integrantes da cúpula da Polícia Civil também tinham conhecimento do suposto esquema.
Os contatos da Petrobrás com a polícia eram feitos por meio de dois funcionários: Adílson Amaral e Regiane Souza de Lima. Eles contaram que mantinham contatos com delegados que autorizavam as pesquisas - a corregedoria recebeu da Petrobrás documentos que mostrariam que dois desses delegados autorizaram por escrito as pesquisas.
Em julho de 2009, o delegado Sérgio Abdalla determinou a interrupção das pesquisas. Ele havia assumido a divisão havia dois meses. Ao Estado Abdalla contou que o sistema de pesquisa de dados existia havia 15 anos - o gerente da Petrobrás chegou a dizer que isso ocorria havia 20 anos. Mas foi a partir de 2000, segundo uma funcionária da Divisão de Capturas, que houve um "acréscimo considerável no número de pesquisas, chegando a uma média mensal de 4 mil".

O QUE DIZ A LEI
"Nas mesmas penas deste artigo incorre quem permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública ou se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem. Pena - reclusão de 2 a 6 anos e multa."
Essa é a redação do primeiro e do segundo parágrafos do artigo 325 do Código Penal Brasileiro, que trata do crime de Violação de Sigilo Funcional, definido como "revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo ou facilitar-lhe a revelação".

domingo, 12 de setembro de 2010

Servidores do TRT ameaçam mais greve

Servidores do TRT ameaçam mais greve
Devem parar na próxima sexta-feira (17/09) para discussão da não-inclusão de 30% para previsão de 2011

12/09/2010

Agência Estado

Os servidores do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) decidiram paralisar novamente as atividades, na próxima sexta-feira (17/09), para definir se retomarão greve pela revisão salarial, suspensa desde o fim de julho.

Eles protestam contra a não-inclusão do projeto de reajuste salarial de 30% para a categoria na previsão orçamentária para 2011.

Polícia apreende mais de 1 tonelada de maconha na Castello Branco A droga estava dentro de um caminhão


A droga estava dentro de um caminhão

A Polícia Rodoviária apreendeu durante uma fiscalização neste sábado, 936 tijolos de maconha que equivalem a 1.040 quilos da droga. A apreensão aconteceu no km74 da rodovia Castello Branco, em um caminhão.

O caminhão seguia de Cascavel no Paraná para o Rio de Janeiro quando foi parado em uma blitz no trecho de Itu.

Na caçamba, a polícia encontrou mais de uma tonelada de maconha. A droga estava em tabletes e escondida em um fundo falso. Para disfarçar o cheiro forte, o entorpecente era transportado junto com pó de café.

Amadeu Batista dos Santos de 35 anos que dirigia o veículo foi preso em flagrante. A maconha deve passar por perícia para depois ser incinerada.