sexta-feira, 10 de setembro de 2010

16º GRITO DOS EXCLUÍDOS EM CAMPINAS

Por equipe olhar atento

Aproximadamente 1.500 pessoas participaram no final da manhã do dia 07 de setembro de 2010, da 16ª EDIÇÃO DO GRITO DOS EXCLUÍDOS EM CAMPINAS, que fez parte da 16ª EDIÇÃO NACIONAL DO GRITO DOS EXCLUÍDOS, que este ano Teve como tema “ONDE ESTÃO NOSSOS DIREITOS? VAMOS AS RUAS PARA CONSTRUIR UM PROJETO POPULAR!”.
A concentração para o desfile ocorreu no LARGO DO PARÁ, na Avenida Francisco Glicério, onde os manifestantes se reuniram e aproveitaram a oportunidade para recolher assinaturas e divulgar o PLEBISCITO POPULAR PELO LIMITE DA PROPRIEDADE DE TERRA.
Segundo Cícero Palmeira da Silva, coordenador da Pastoral Operária da Arquidiocese de Campinas “o Grito é realizado todos os anos no dia 7 de setembro, data em que é comemorada a Independência do Brasil, o Grito tem a missão de conscientizar a população de que muita coisa deve ser feita para que o país atinja, de fato, sua independência. Além de desemprego, fome e doenças, o Brasil enfrenta um problema iniciado nas Capitanias Hereditárias, em que donatários recebiam grandes terras para explorar, o que resultou numa injusta distribuição de terras. É por isso que o Plebiscito Popular Pelo Limite da Propriedade de Terra acontecerá junto com o Grito”.
A Marcha teve início logo após o desfile oficial da Independência e foi organizada pela Igreja Católica. O protesto foi marcado pela conscientização política dos manifestantes e pela participação de diversos movimentos sociais: estudantes, sem-tetos, moradores de rua, trabalhadores, homossexuais, sindicatos e partidos políticos.
Durante o percurso, representantes das diversas entidades presentes ao protesto realizavam discursos expondo suas reivindicações. OTÁVIO CALEGARI, estudante de Ciências Sociais da UNICAMP e representante da ASSEMBLÉIA NACIONAL DOS ESTUDANTES – LIVRE (ANEL) em CAMPINAS - SP. Por ocasião do seu discurso defendeu a retirada das tropas militares brasileiras do HAITI, segundo OTÁVIO, os militares oprimem o povo haitiano, onde realizam diversos atos de violência e massacres à população Haitiana, disse ainda: “ o HAITI precisa de médicos e engenheiros e não de mais violência”, encerrando seu discurso OTÁVIO questionou: “Porque nenhum Oficial do Exército sobe no carro de som para que nos explique o que as tropas fazem no HAITI?”.
Em entrevista a equipe olhar atento, OTÁVIO disse que esteve no HAITI, na época do terremoto que causou uma grande destruição ao País, para realizar uma pesquisa pela UNICAMP e que, na ocasião, realizou uma visita ao Batalhão Brasileiro e soube através de relatos da população das opressões sofridas pela população haitiana causada pelos militares.
Estes fatos não são divulgados pela grande mídia, então cabe a nós levar a informação correta à população, para que todos saibam o que o Exército faz no Haiti utilizando o dinheiro da Nação.