quarta-feira, 28 de abril de 2010

Semana de Agrishow em Ribeirão Preto

Da Redação

Começou ontem e segue até sexta a 17ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, a Agrishow 2010

Começou ontem e segue até sexta a 17ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, a Agrishow 2010. Realizada em Ribeirão Preto (SP), a exposição atrai os principais empresas de máquinas e implementos agrícolas do Brasil e prevê movimentação de R$ 860 milhões, o maior valor em negócios entre os eventos do setor no país. A cifra é 26% maior que a do ano passado, quando a Agrishow teve menos expositores. Os organizadores resolveram aproveitar o momento de boa produção para reagir. A área usada para o evento foi ampliada para 360 mil metros quadrados. Para se ter uma idéia, as ruas que interligam os estandes dos 730 expositores somam 15 quilômetros. A feira é dividida em 23 setores, organizando os participantes, que são de fabricantes de embalagens a lojas de aviões. Informações: www.agrishow.com.br.

Ruralistas preparam resistência a ação do MST em SP

JOSÉ MARIA TOMAZELA - Agência Estado

Ruralistas de Bauru, no interior de São Paulo, estão se organizando para resistir ao cerco do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) às fazendas da região. As terras do centro-oeste do Estado são o mais novo alvo das ações do movimento no Estado. Desde o ano passado, 12 propriedades rurais foram invadidas por integrantes do MST.

Três invasões ocorreram durante o "Abril Vermelho" deste ano. As áreas continuam ocupadas, mas a Justiça já concedeu reintegração de posse para duas delas.

Proprietários das terras invadidas reuniram-se hoje no Sindicato Rural de Bauru para estudar medidas contra as ações dos sem-terra. "Vamos nos valer de todos os recursos jurídicos possíveis", disse o presidente Maurício Lima Verde Guimarães. Segundo ele, o MST não poupa nem pequenas propriedades.

O presidente do sindicato alertou os associados para evitar confronto com os invasores. O sindicato ofereceu apoio jurídico. Guimarães pediu também ao comando da Polícia Militar agilidade no cumprimento das ordens de despejo.

O dirigente nacional do MST, Gilmar Mauro, informou que a região possui muitas terras públicas griladas, por isso atrai famílias para os acampamentos. Segundo ele, o governo precisar dar uma resposta sobre os 40 mil hectares de terras da União que foram indevidamente ocupadas por empresas de reflorestamento, cana-de-açúcar e suco de laranja na região.

MST inicia desocupação de fazenda no interior de SP

TATIANA FÁVARO - Agência Estado

Ao menos 100 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) que ocupam a área da fazenda Monte d''Este, pertencente ao grupo Tozan, na região de Campinas (SP), começaram a desmontar o acampamento instalado no dia 13 no km 121 da Rodovia Adhemar de Barros (sentido Mogi Mirim-Campinas). A Justiça determinou a desocupação total até amanhã.

A Polícia Militar faz o monitoramento do local desde a ocupação do terreno. Não houve nenhum confronto desde o dia da ocupação. "Nossa ideia é tornar a saída pacífica, mas não temos para onde ir. Então, talvez acampemos em algum espaço público da cidade, perto da Prefeitura de Campinas, em alguma praça, porque não temos lugar para ficar", afirmou um dos coordenadores do acampamento José de Arimateia. "A liminar tem de ser cumprida, mas precisamos de um lugar para ficar."

Segundo ele, representantes do MST tentam negociar com o Incra uma área para abrigar as famílias, mas até o fim desta tarde não obtiveram retorno.

O acampamento é formado por integrantes do MST de Campinas, Limeira, Hortolândia, Sumaré e Americana, municípios do interior de São Paulo. A fazenda histórica na região é ponto de turismo rural.

A manifestação dos sem-terra fez parte da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, o "Abril Vermelho". Funcionários da fazenda informaram que os proprietários não vão comentar a invasão.

Manifestantes protestam contra o INSS em Campinas


Por
causa disso, cerca de 200 pessoas deixaram de ser atendidas na agência e tiveram as perícias reagendadas


Thaís Nucci

Rede Anhanguera de Comunicação

Cerca de 100 trabalhadores manifestaram insatisfação e ocuparam uma das agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), localizada na Rua Regente Feijó, no Centro de Campinas, na terça-feira (27/04) pela manhã, em protesto contra a atuação dos peritos da agência durante as consultas. O ato questionava decisões e supostas mudanças dos direitos dos benefícios aos segurados. Por causa disso, cerca de 200 pessoas deixaram de ser atendidas na agência e tiveram as perícias reagendadas.

A passeata contra o atendimento do INSS começou no Largo do Rosário, passou pela agência da Regente Feijó e foi até a frente da Previdência Social, na Rua Barreto Leme, onde ficou parada por mais de meia hora. O protesto contou com a participação do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, Sindicato dos Químicos, Comissão dos Direitos Humanos da OAB, entre outras entidades. O número de participantes foi estimado pela Polícia Militar (PM), que esteve no local, assim como agentes da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), que fecharam algumas ruas e organizaram o trânsito próximo à Basílica do Carmo

Governo se diz surpreso com greve dos servidores do Incra



Agência Brasil

Publicação: 27/04/2010 18:52

O anúncio de greve dos servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) surpreendeu o governo federal. A categoria se antecipou à reunião marcada para o próximo dia 5 de maio entre representantes do Incra e diretores do Ministério do Planejamento. Neste dia, seria dada continuidade às negociações e debatida a pauta de reivindicações dos servidores que anunciaram o início da paralisação nacional para esta quinta-feira (29).

Em Goiás e na Bahia, por exemplo, os servidores já interromperam as atividades. De acordo com a diretora do Departamento de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Marcela Tapajós, os servidores se precipitaram. “De fato foi uma surpresa, pois já tínhamos data para continuar as negociações”.

Para a presidente da Associação dos Servidores do Incra na Bahia, Francilda Lima, a decisão de anunciar a greve foi correta. “Muitas reuniões já foram desmarcadas e a paralisação mostra que estamos dispostos a lutar e forçar o ministério para que agora a negociação realmente aconteça”.

Os funcionários do Incra reivindicam aumento de salário, equiparação salarial entre os analistas em reforma e desenvolvimento agrário e agrônomos, além da contratação de novos servidores. Para o diretor da Confederação Nacional das Associações de Servidores do Incra, José Vaz Parente, a falta de recursos humanos dificulta o avanço da reforma agrária. “A grande maioria dos programas de habitação não funciona porque não há capacidade operacional e administrativa”.

Com a paralisação ficam suspensos todos os serviços do Incra, como assentamento de famílias, regularização fundiária, emissão do certificado de imóveis rurais, assistência técnica e regularização de áreas quilombolas.

Dilma em Ribeirão Preto

Claudio Leal

A pré-candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, dividirá a agenda, esta semana, entre o Distrito Federal e São Paulo. Na quinta, 29, a ex-ministra da Casa Civil participa da feira internacional de tecnologia agrícola Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). Um dos articuladores da candidatura da petista, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT) administrou a cidade na década de 90.

No sábado, Dilma estará nos atos políticos de 1º de Maio da Força Sindical e da CUT (Central Única dos Trabalhadores), em São Paulo. Segundo a CUT, o pré-candidato do PSDB, José Serra, e o governador paulista, Alberto Goldman, também foram convidados para as atividades do Dia Internacional dos Trabalhadores, no Memorial da América Latina. Próxima ao PT, a central vai celebrar a integração de 20 países latino-americanos.

Nesta segunda-feira, 26, Dilma Rousseff concedeu uma entrevista à Rádio Sul, em Londrina (PR) e afirmou que, embora não seja uma "política tradicional", dispõe de credenciais para administrar o País. "O fato de eu ter participado nos últimos cinco anos e meio da coordenação de todos os programas de governo e de ter ajudado o presidente (Lula) na coordenação dos ministérios me credencia", defendeu

CNA realiza manifestação no Congresso Nacional contra MST

Da Reportagem Local - Vinícius Tavares/ Da Redação - Julia Munhoz

Mais de 2000 produtores rurais de todo o Brasil realizam neste momento uma grande manifestação no gramado em frente ao prédio do Congresso Nacional em Brasília. A manifestação é em resposta ao período conhecido como “Abril Vermelho”. A ação é organizada pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e por entidades do setor em todo o país.

“Abril Vermelho” é o período destinado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), para ocupações de terra em prol da reforma agrária. A senadora Kátia Abreu, presidente da CNA disse que a iniciativa tem por objetivo chamar a atenção da sociedade e do poder público para as ameaças, torturas e invasões que são cometidas contra o produtor rural. “Hoje não existe mais latifúndio improdutivo no Brasil, para desespero desses criminosos”. A presidente da CNA disse ainda que o governo já tem 84 milhões de hectares assentados e 80 milhões de hectares já desapropriados. Para a reforma agrária”

Ela defendeu a implantação por parte do Governo Federal do PNCI (Plano Nacional de Combate as Invasões), que deve ser similar ao plano de combate às drogas “Precisamos que o Abril Vermelho, que neste ano completa 13 anos, tenha um basta, por isso neste ano estamos lançando o movimento ‘Vamos tirar o Brasil do vermelho’”, disse a senadora em entrevista à imprensa concedida sobre a enorme bandeira do movimento.

A bandeira confeccionada pela CNA pesa cerca de 800 quilos e tem 50 metros de largura por 400 metros comprimento com os dizeres: “Paz no Campo! Não as invasões”. Todos os manifestantes envolvidos estão de roupa branca e um carro de som acompanha a manifestação que começou com um abraço simbólico pela paz em volta do Congresso Nacional.

Ano eleitoral faz de SP 3º no ranking de invasões

José Maria Tomazela, SOROCABA - O Estado de S.Paulo

O Movimento dos Sem-Terra (MST) usou o "abril vermelho" do ano eleitoral para engrossar o número de famílias dispostas a lutar por terra no interior paulista. Com 11 propriedades rurais invadidas, o Estado subiu para o terceiro lugar no ranking de invasões no País, atrás de Pernambuco e Bahia. No "abril vermelho" de 2009, o Estado era apenas o sexto.

O movimento contabiliza a formação de oito novos acampamentos em regiões estratégicas para futuras ações. O número de famílias acampadas sob a bandeira do MST havia despencado nos últimos anos, fenômeno que o coordenador nacional Gilmar Mauro atribui à paralisação do processo de arrecadação de terras para assentar as famílias.

Neste mês, o MST reforçou a presença de acampados na região de Iaras, onde as lideranças acreditam existir pelo menos 40 mil hectares de terras da União ocupadas por empresas de reflorestamento, usinas de açúcar e produção de laranja.

Um novo acampamento foi instalado em Borebi, próximo da fazenda Santo Henrique, da Cutrale, invadida e depredada no ano passado - que resultou na destruição de 12 mil pés de laranja e na prisão de 11 militantes.

Com a instalação de outro núcleo de acampados em Agudos, o MST fechou o cerco sobre as áreas que pretende obter para a reforma agrária na região. Outros três acampamentos estão nas cercanias de usinas de cana-de-açúcar e há um grande acampamento nos limites da Fazenda Nazaré, em Marabá Paulista, Pontal do Paranapanema.

Calendário. Segundo Gilmar Mauro, o MST não se pauta pelo calendário eleitoral. "O que buscamos agora é a solução de problemas concretos, como a paralisia da reforma agrária e a falta de investimento nos assentamentos." Com a mobilização encerrada no campo e na rua, as ações continuam nos gabinetes, afirma ele.

"Eleição é no segundo semestre. O que buscamos agora é a solução de problemas concretos, como a paralisia da reforma agrária e a falta de investimento nos assentamentos."