quinta-feira, 13 de maio de 2010

Greve faz Justiça andar mais devagar em Campinas


A
greve dos servidores do Tribunal de Justiça do Estado do Estado de São Paulo já começa a prejudicar serviços




Henrique Beirangê

A greve dos servidores do Tribunal de Justiça do Estado do Estado de São Paulo (TJSP) já começa a prejudicar os serviços de atendimento ao público e os advogados de Campinas. A reportagem esteve no Fórum na tarde desta quarta-feira (12/05) e constatou o problema. No setor de protocolo, dos 16 funcionários que trabalham no local, apenas o chefe do setor estava atendendo. A paralisação completa hoje duas semanas e, segundo estimativas da associação que representa os servidores, cerca de 70% dos funcionários estão parados na cidade.

A presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil(OAB) em Campinas, Tereza Doro, diz que os advogados estão passando mais tempo nas filas e nos balcões a espera de atendimento. “São menos funcionários trabalhando a cada dia, quem sofre com isso é a população. Os servidores e a administração do TJ estão inflexíveis. O Tribunal disse que só negocia quando a greve terminar e os servidores só voltam quando tiverem as demandas atendidas”, disse

O procurador Moysés Moura Martins, de Águas de Lindoia, diz que a greve ainda não conta com adesão de grande parte dos servidores na cidade, mas que teve muitas dificuldades para ser atendido em Campinas. “Normalmente já não funciona, agora então está uma lástima. Acho que o protesto é justo, mas aqui há menos de 30% trabalhando”, afirmou.

O advogado Andery Nogueira de Souza também reclama da piora nos andamentos de processos e diz que o funcionamento está muito irregular. “Tem vara que está trabalhando quase normalmente, mas há outras secretarias que não estão abertas e não atendem as partes”, reclamou. O também advogado Rafael Elias Pedro diz que vai ao Fórum quase todos os dias e vem acompanhando a piora no atendimento. “O número de servidores está diminuindo com maior adesão à greve. Quem está sofrendo o prejuízo é a sociedade, que está ficando sem a proteção do Direito”, disse.


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